Com o tema “A produção de lítio no Brasil, estágio atual, planos de expansão e desafios”, a CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral, destacou os trabalhos realizados pela empresa no Vale do Jequitinhonha, região noroeste de Minas Gerais. Quarto maior complexo industrial mineral de lítio (atrás somente de outros localizados na Austrália), a Sigma comemora a eficiência de custos de produção, conquistada graças à integração mineral industrial, unindo siderurgia e mina, na produção do “quíntuplo zero”, que é o lítio mais sustentável do mundo. “Temos demanda para cada quilo de lítio que a gente consegue embarcar”, destacou Ana Cabral.

A Sigma Lithium conseguiu industrializar um Lítio Verde Quíntuplo Zero único, reconhecido na COP28, em Dubai, como o lítio mais sustentável do mundo. A produção em grande escala na indústria do lítio é a primeira a atingir a neutralidade de carbono e com 100% de rejeitos empilhados a seco. Em fevereiro, a empresa anunciou que obteve financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para viabilizar a expansão das operações de industrialização do mineral.

E que recebeu do banco de fomento uma carta de intenções para financiar a construção da segunda unidade “Greentech” de produção de concentrado lítio. A previsão é iniciar a construção da nova planta ainda neste trimestre. O financiamento, segundo a Sigma, vai viabilizar uma unidade “Greentech” com tecnologia mais moderna e capacidade para produzir 240 mil toneladas ao ano de concentrado de lítio (contendo 6% de óxido de lítio). A companhia já opera a primeira linha desde abril do ano passado, apta a produzir 270 mil toneladas anuais do produto.

 Dessa forma, a capacidade total da Sigma de oferta de concentrado no mercado mundial sobe para 510 mil toneladas por ano a partir de 2025, quando deverá entrar em operação a 2ª linha. “Devido ao nosso modelo de negócio, conseguimos chegar diretamente nas fábricas, fazemos venda direta para a indústria de baterias ou carros pois entregamos ‘refino final’. O plano é concorrer com os chineses, onde está metade do mercado da Sigma”, comentou Ana Cabral. Ela avalia que com a qualidade do produto oferecido pela empresa, consegue colocar o Brasil “no topo do mercado mundial de lítio, sendo ultra competitivo globalmente”.