Vale conclui teste de processamento para 1ª fase de Salobo III: 32 Mtpa de minério de cobre

Vale conclui teste de processamento para 1ª fase de Salobo III: 32 Mtpa de minério de cobre

A Vale informou ter concluído, “com sucesso”, os testes de processamento para a primeira fase do projeto Salobo III, uma das três usinas produtoras de concentrados de cobre do complexo do Salobo e atingiu capacidade de processamento superior a 32 milhões de toneladas anuais por um período de 90 dias. A mineradora informou que, em 2023, a produção de cobre da Vale aumentou 29% a/a, totalizando 326,6 mil t, ligeiramente acima do guidance revisado de 325 mil t.

O melhor desempenho foi resultado, principalmente, do ramp-up bem-sucedido de Salobo 3, com a produção no complexo de Salobo aumentando em 87% a/a no 4º trimestre. Já em operação, a usina de Salobo III amplia a capacidade de processamento do Salobo em 12 milhões de toneladas, passando de 24 milhões de toneladas/ano para 36 milhões t/ano. No projeto Salobo, a Vale tem acordo prévio com a Wheaton Precious Metals, que pagou antecipadamente por parte da produção futura da mina. De acordo com os termos do acordo, Salobo receberá US$ 370 milhões da Wheaton para a conclusão da primeira fase do projeto de expansão Salobo III.

O saldo remanescente do pagamento referente à expansão será acionado assim que a Vale expandir a produção real acima de 35 Mtpa por um período de 90 dias. Além disso, a Wheaton será obrigada a fazer pagamentos anuais entre US$ 5,1 milhões e US$ 8,5 milhões por um período de 10 anos, caso o complexo de Salobo continue a produzir dentro de certos graus de teor de cobre. A Vale iniciou a construção do projeto de expansão em 2019.

 Localizada no município de Marabá, no sudeste do Pará, Salobo III, que contou com investimento na ordem de US$ 1,1 bilhão, contribui para a manutenção da competitividade do Brasil no mercado mundial do cobre. “A bem-sucedida implementação do projeto Salobo III representa um crescimento significativo em uma operação de alto nível em nosso negócio de Metais de Transição Energética.

Essa conquista é resultado do aumento da confiabilidade da Salobo e de um firme compromisso com a excelência operacional”, afirma Eduardo Bartolomeo, CEO da Vale e diretor do Conselho de Administração da Vale Metais Básicos, em comunicado ao mercado. “Nossa posição estratégica na região de Carajás é uma alavanca importante para aumentar nossa produção de cobre para 900 mil toneladas/ano ao longo da próxima década e fornecer produtos de alta qualidade para a transição energética global”, acrescentou.

 SOBRE SALOBO I E II

 O projeto Salobo, localizado em Marabá, no sudeste do Pará, é maior produtor de concentrado de cobre no Brasil, assim como sua reserva mineral é maior do país, avaliada em 1.2 bilhão de toneladas a um teor médio de cobre 0.64%. A jazida apresenta grande diversidade de minerais em sua composição, como granada, biotita, calcopirita, entre outros, com altos teores dos metais de interesse, (Cu, Au e Ag), mas também com altos teores de deletérios, sendo principais, Carbono, Cloro, Flúor e Urânio.

As operações na mina Salobo abrangem a produção da mina a céu aberto e também o processamento do cobre extraído. A configuração do processo envolve a passagem do material pelos britadores, prensa de rolos, moinhos, ciclones e finalmente pelas áreas de flotação e filtragem, onde um concentrado contendo entre 36 a 40% de cobre é produzido.

O concentrado de cobre é então transportado por caminhões desde a estrada da mina até o terminal ferroviário existente em Parauapebas, do ponto ao qual é transportado por trem até o terminal marítimo Ponta da Madeira, no estado do Maranhão. Salobo é o maior projeto de cobre da Vale e continua em fase de crescimento da produção em sua unidade integrada por mina a céu aberto e usina de beneficiamento em Marabá. A primeira fase do projeto, conhecida como Salobo I, entrou em operação em 2012 com capacidade de 100 mil toneladas anuais de cobre em concentrado. Em maio de 2014, começou a operar Salobo II, para produzir mais 100 mil toneladas por ano.

A partir de dezembro de 2022, com o início da operação da usina Salobo III, o complexo de usinas Salobo atinge a capacidade nominal combinada de processamento de 36 milhões de toneladas de minério por ano, 12 milhões por usina. Através do processo de flotação, o concentrado de cobre com teor médio de 37,5% é produzido, gerando como coproduto ouro e prata, em menores proporções, e que agregam valor ao concentrado. O concentrado produzido em Salobo é transportado via caminhões rodoviários da mina até o entreposto, onde o mesmo é carregado em vagões com destino ao Porto de Itaqui, Maranhão.

O complexo do Salobo é o segundo projeto de cobre desenvolvido pela Vale no Brasil. Integra a Vale Metais Básicos e fica localizado em Marabá, a 260 km da sede do município. A primeira fase do projeto, conhecida como Salobo I, entrou em operação em 2012 com capacidade de 100 mil toneladas anuais de cobre em concentrado. Em maio de 2014, começou a operar Salobo II, para produzir mais 100 mil toneladas por ano. Salobo opera com método a céu aberto, utilizando escavadeiras para produção de minério e estéril, juntamente com escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, frota de caminhões fora de estrada e equipamentos auxiliares para manter o acesso às áreas de produção e drenagem de talude.

 As usinas de Salobo I e II têm, juntas, capacidade máxima instalada para beneficiar 24 milhões de toneladas de minério bruto (Run of Mine – “ROM”) por ano. Com o início da operação de Salobo III, essa capacidade de processamento foi ampliada em 12 milhões, passando de 24 milhões de toneladas/ano para 36 milhões. A operação do complexo de Salobo gera, atualmente, 6.889 empregos diretos e contribui para a manutenção da competitividade do Brasil no mercado mundial do cobre.

O cobre é um dos metais de maior importância para a indústria moderna. Tem contribuição relevante na transição energética e grande parte de seu consumo é voltado para aplicações elétricas, como fios e cabos condutores de energia. De acordo com o relatório de produção e vendas da Vale divulgado no fim de janeiro, a produção de cobre totalizou 99,1 kt no 4T, aumentando 50% a/a. Em 2023, a produção aumentou 29% a/a, totalizando 326,6 kt, ligeiramente acima do nosso guidance revisado de 325 kt. O melhor desempenho foi resultado, principalmente, do ramp-up bem-sucedido de Salobo 3, com a produção no complexo de Salobo aumentando 87% a/a no 4T, bem como o melhor desempenho da planta de Sossego. A taxa de alimentação do complexo de Salobo atingiu 32,3 Mtpa durante um período de 90 dias (agosto-novembro).