Presença de mulheres na mineração cresce, mas em ritmo lento

Presença de mulheres na mineração cresce, mas em ritmo lento

Em vídeo, executivas do setor avaliam como acelerar movimento

Pesquisas apontam que empresas diversas têm melhor reputação, maior habilidade para atrair e reter talentos, são mais criativas, inovadoras e mais assertivas na tomada de decisão. E lucram mais. Mas, se a igualdade no ambiente de trabalho é tão vantajosa para a empresa e para os colaboradores, por que avançamos tão lentamente em sua direção?

O questionamento está no Relatório Indicadores Woman in Mining Brasil 2022. O documento, intitulado “Construindo uma nova mineração”, mostra que há avanços, porém eles ocorrem em ritmo mais lento do esperado.

De acordo com o estudo, as mulheres correspondem a 17% da força de trabalho das empresas signatárias do Woman in Mining. O número representa um aumento de dois pontos percentuais se comparado aos dados de 2021. A representatividade feminina em times executivos e conselhos administrativos alcançou cerca de 20%. 

“É possível também notar que a representatividade feminina é menor em ambientes operacionais. Apesar dos baixos valores, há um grande potencial para atrair um número crescente de mulheres: com ações consistentes em atração, retenção e desenvolvimento de carreiras é possível melhorar este cenário”, afirmam os autores, no documento.

Mesmo assim, as empresas garantem que a busca pela inserção feminina no setor é cada dia maior. A Kinross, que participa do Wooman in Mining, acaba de abrir 15 novos postos de trabalho direcionados para mulheres na operação de equipamentos móveis. As profissionais aprovadas irão atuar na planta da mineradora de ouro em Paracatu (MG). 

Reconhecida como uma das mulheres mais influentes da mineração mundial pelo Women in Mining UK, Ana Cunha, diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social da Kinross, afirma que a temática da diversidade e inclusão é uma das mais recorrentes nas rodas de conversa da sociedade hoje. “E não tem sido diferente dentro do setor mineral”, afirma. “Quando a gente olha no retrovisor, tem que ser capaz de identificar e celebrar esses avanços. Avanços ainda pequenos, mas que precisam ser celebrados. E é preciso reforçar e continuar o trabalho que, de fato, vá nos colocar como agentes de transformação para um ambiente mais democrático”.

No vídeo que acompanha esse texto, três executivas da mineração brasileira fazem, a convite da Minérios e Minerales, uma breve análise sobre os avanços e desafios nessa jornada – Ana Cunha, da Kinross, Clarissa Amaral Silva Freitas Brandão, gerente Jurídica e Compliance Officer Brasil da Hochschild Mining, e Tayane Farias, engenheira de Controle Ambiental da Alcoa Juruti.

Inscrições para a seleção de vagas da Kinross vão até 28 de fevereiro e podem ser feitas no site www.kinross.com.br.