Mineira de Nova Lima, a Geóloga Júlia Zanini nasceu e cresceu em um ambiente cercado pela mineração. Não apenas pela história de sua cidade natal, que se confunde com o enredo da busca pelo ouro nessa região de Minas Gerais, mas também pela narrativa familiar, uma vez que Júlia representa a terceira geração dos Zanini a trabalhar no setor, depois de seu pai e do avô.

Embora seja a primeira mulher da família a entrar na atividade mineral, Júlia conta que isso nunca foi um problema. “Sempre tive a liberdade de escolher o que queria fazer, mas foi meio natural”, ela explica. E seguindo essa vontade, foi estudar Geologia. Compreender os minérios, os meios de descoberta e exploração, os locais mais adequados para a extração, além de pesquisar os riscos geotécnicos das operações.

Com o diploma em mãos, Júlia cruzou o país para desenvolver todas essas atividades na Mina Tucano, em sua operação de ouro no município de Pedra Branca do Amapari, no Amapá. “Eu sempre gostei de Geologia, algo me chamou muita atenção desde cedo. E por ter um contato maior com essa área, não foi uma dificuldade e nem uma mudança muito grande quando comecei o trabalho”, diz.

Hoje, aos 25 anos, a Geóloga quer ajudar a fazer de sua história uma realidade também para outras mulheres. Ela é a representante da Mina Tucano no movimento Women in Mining Brasil, ao qual a companhia aderiu recentemente e que visa atrair, manter e estimular ainda mais a participação feminina nas mais diferentes áreas da mineração e níveis hierárquicos.

“O mundo está mudando. E quando uma empresa é engajada em pautas de diversidade, isso acaba oxigenando o ambiente inteiro, não só para mulheres, mas no que se trata da diversidade em geral”, afirma Júlia, que completa: “Se a mineração é o que faz os olhos brilharem, as mulheres precisam saber que podem sim fazer parte. É uma área difícil como qualquer outra, mas é muito legal”.

Após a adesão ao programa, a Mina Tucano irá desenvolver do plano de ação alinhado a estratégias como: manter um ambiente seguro para as colaboradoras, contratar fornecedoras e empresas lideradas por mulheres, bem como desenvolver talentos que fazem parte do STEM, sigla em inglês para as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Juntas, essas ações vão aumentar a inclusão das mulheres, e, assim, todos e todas poderão participar da construção e manutenção de uma indústria de mineração repleta de inovação.