“Meu nome é Izanilde Silva da Silva, tenho 42 anos, sou casada, mãe de uma menina, e tenho formação em Administração, além de um curso técnico em Metalurgia. Sou natural de Belém (PA) e foi lá que iniciei minha trajetória profissional como estagiária em uma siderúrgica de alto-forno. Depois, trabalhei como Operadora de Painel – momento em que descobri a paixão pela indústria voltada para a área da operação.

Após essas experiências, recebi, há 16 anos, um convite para trabalhar como Técnica de Produção na Anglo American, atuando no site operacional de Barro Alto (GO) na produção de ferroníquel. Hoje, na mesma empresa, exerço o cargo de Supervisora de Produção, sendo a primeira mulher a assumir essa função.

Trabalhar em um ambiente predominante masculino, como é o setor mineral, foi bastante desafiador no início da minha carreira, pois me sentia insegura em vários momentos. Depois, entendi que tudo dependia de como nós queremos ser tratadas e de como queremos conduzir nossas vidas. É importante destacar que eu sempre tive a sorte de trabalhar com outras mulheres. Esse apoio coletivo me trouxe mais segurança e um sentimento de solidariedade.

A Anglo American, há algum tempo, vem passando por transformações culturais ligadas à inclusão e à diversidade. Isso inclui o aumento da representavidade das mulheres na mineração, inclusive em cargos de liderança. É motivador saber que a empresa na qual trabalho está valorizando o papel da mulher.

Dou graças, primeiramente a Deus, pela bênção de fazer parte desse quadro de liderança da produção. Acredito que as coisas em nossa vida não vêm por acaso. Você colhe se plantar e as oportunidades estão aí, exigindo cada vez mais qualificação e competência.

É um privilégio e uma grande responsabilidade ser a primeira mulher dentro do setor de produção. Não foi fácil chegar até aqui. Enfrentei muitos obstáculos e desafios em que pude tirar lições e aprendizados, me tornando mais forte e encorajada. Hoje, lidero uma equipe de 11 pessoas, em um trabalho de turno. É uma experiência nova, pois saí de um cargo executivo para uma função de gestão. Meus maiores desafios são crescer, junto com a minha equipe, para trazer bons resultados para o time e para empresa, e contribuir sendo inspiração para que venham, depois de mim, outras gestoras de produção. E mais e mais mulheres nos diversos cargos da mineração.”