Fruto de uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), a CBMM anunciou, em fevereiro, que produziu pela primeira vez no País didímio metálico, elemento constituído de praseodímio e neodímio, que são rejeitos da produção de nióbio da empresa.
Os óxidos de terras raras, encontrados abundantemente na natureza, são transformados em ligas metálicas, resultando em importantes matérias-primas para a produção de superimãs, que por sua vez, são utilizados em tablets, computadores, celulares, motores elétricos, turbinas eólicas, entre outros produtos.
Segundo os pesquisadores do IPT, o objetivo agora é dominar a cadeia produtiva, desde a separação dos elementos de terras raras até o beneficiamento e produção das ligas metálicas (parte mais complexa), assim como desenvolver mercados para o produto. Em crescimento nos últimos anos, especialmente na região Nordeste, o setor de energia eólica é um mercado potencial, já que utiliza um volume considerável de superímãs.
Depois da China, o Brasil possui a maior reserva de terras raras do mundo, equivalente a 22 milhões t. Atualmente, o país asiático vem controlando a exportação desses elementos a fim de priorizar a indústria local e ditar os preços dos produtos. A CBMM pode agora começar a romper esse monopólio.
Fonte: Revista Minérios & Minerales