Esta história já é conhecida. Esta relação especial prossegue nos dias atuais. A geração de impostos, para a região e outras esferas de governo, chega a casa de bilhões de reais em um período de quatro anos — mas há outros aspectos igualmente relevantes, como a ampla transformação socioeconômica de uma vasta região do Pará, por conta da atividade de mineração, que inclusive possibilitou a construção da ferrovia de Carajás e do porto de Ponta da Madeira.
Marcelo de Valécio
Em Canaã dos Carajás, onde a Vale mantém a operação de cobre na mina do Sossego, está em implantação o projeto Ferro Carajás S11D – o maior da história da Vale e o maior da indústria atual de minério de ferro do mundo, segundo a companhia. Apenas essa mina adicionará 90 milhões t anuais à capacidade de produção da empresa, e o seu capex estimado é de US$ 11,297 bilhões.
A Vale emprega atualmente mais de 19 mil pessoas entre empregados próprios e terceiros permanentes em suas operações, incluindo as atividades em Minas Gerais e outros Estados. A companhia é a maior contribuinte do Pará. Em Parauapebas, por exemplo, considerando um recorde de 2010 a 2014, Carajás, na lavra de minério de ferro e manganês, contribuiu com cerca de R$ 3 bilhões em impostos, entre CFEM, TFRM e ICMS. Esse número não considera a arrecadação recolhida de forma “indireta” por meio dos impostos pagos pelos seus fornecedores e funcionários, além de forma direta com o pagamento das taxas (ambientais, alvarás) e impostos sobre patrimônio como IPTU, IPVA. Em Canaã dos Carajás, foram gerados mais de R$ 612 milhões, considerando apenas CFEM e ISS, nos últimos 12 anos, segundo a empresa.
Vale construiu o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, em Parauapebas
Além da geração de empregos e impostos, a Vale possui diversas ações sociais nas regiões onde atua. Desde sua instalação em Parauapebas, em 1985, a empresa realiza investimentos nas áreas de educação, saúde, infraestrutura, moradia, segurança pública e valorização. Exemplos mais recentes estão no investimento de R$ 46 milhões para construção do Instituto Federal do Pará (IFPA), o total de R$ 23 milhões para a duplicação da rodovia Faruk Salmen e a destinação de R$ 20 milhões para a construção da Universidade Estadual do Pará (Uepa). Calcula-se em mais de R$ 6,1 bilhões o valor de bens e serviços adquiridos de fornecedores no Estado e R$ 10 milhões foram investidos em formação profissional da população, estes dois últimos somente em 2015.
Em Canaã dos Carajás, considerando apenas os investimentos atuais em virtude da implantação do projeto S11D, são mais de 30 obras concluídas ou em curso, realizadas pela prefeitura em parceria com a companhia. As obras fazem parte do licenciamento ambiental e se somam às ações executadas para o início da mina do Sossego, em 2004. Entre os investimentos, está a construção e reforma de quatro escolas, todas com quadra coberta, sala de informática e adaptadas para pessoas com deficiência, o que aumenta o número de vagas no ensino fundamental. E neste ano deverão ser iniciadas as obras para construção de mais três escolas infantis, além da Praça da Cultura e melhorias no sistema de captação e tratamento de água do município.
O hospital da cidade também foi ampliado e ganhou novos leitos e novo centro cirúrgico. Foram construídos também um novo Fórum de Justiça, em parceria com o Tribunal de Justiça do Pará, e uma sede definitiva para o Conselho Tutelar de Canaã. Com participação da Fundação Vale, tornou-se o primeiro Conselho Tutelar Modelo do País. O município passou a ter uma unidade Pró-paz e do Corpo de Bombeiros, além de uma nova sede para a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Canaã dos Carajás.
A rede de energia elétrica também foi ampliada com a construção de 59 km de linhas de transmissão e duas subestações, uma em Parauapebas e outra em Canaã, em parceria com a Celpa, a companhia de eletricidade do Pará.
Na área de meio ambiente, a Vale afirma ter promovido diversas ações nas últimas três últimas décadas. Um dos destaques dessa atuação é a manutenção de cerca de 97% da Floresta Nacional de Carajás, protegida com o apoio da Vale, sendo que menos de 3% são ocupados por suas operações. A área é considerada o maior patrimônio ambiental de Parauapebas e integra o Mosaico de Unidades de Conservação de Carajás.
Em Canaã, o Projeto Ferro Carajás S11D é, segundo a empresa, uma referência em termos ambientais. Entre as principais soluções tecnológicas está a adoção do sistema truckless, um conjunto de estruturas composto por escavadeiras e britadores móveis interligados por correias transportadoras, que substituirão os caminhões fora de estrada, reduzindo em 70% do consumo de diesel e em 50% as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE).
Arara Azul, uma das espécies que a mineradora ajuda a preservar
De forma permanente, a Vale apóia o ICMBio com pesquisa e estudos para manejo e preservação, desenvolvidos em parceria com universidades. A exemplo de espécies de fauna como a Harpia
e a Arara Azul e da flora como o Jaborandi, muito usada pela indústria farmacêutica em medicamento para tratar o glaucoma, uma das principais doenças causadoras de cegueira irreversível no Brasil e no mundo e que está na lista do Ministério do Meio Ambiente de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção.
Fonte: Redação MM