Após anos de pesquisa e desenvolvimento de produto, a Rio Tinto no Brasil iniciou a construção de uma planta de secagem de minério de ferro em sua mina em Corumbá, no estado de Mato Grosso do Sul. A empresa irá investir US$ 7,5 milhões para fornecer ao mercado lump seco. O minério lump seco de Corumbá é indicado para utilização em Altos Fornos de Redução Direta, que usam gás natural para produzir Ferro Pré-Reduzido (DRI – Direct Reduced Iron).

A Rio Tinto será a primeira empresa de mineração a desenvolver esse passo adicional para beneficiar o lump. A planta de secagem deverá iniciar suas operações em fevereiro de 2008 e o produto estará no mercado em maio de 2008, para testes industriais. Esse desenvolvimento permitirá que o lump produzido pela Rio Tinto em Corumbá chegue ao mercado crescente do Oriente Médio. Atualmente, o processo da mina consiste em britagem, lavagem e peneiramento. Um novo passo no processo de beneficiamento será introduzido e o lump será levado a um forno rotativo, onde passará pelo processo de secagem. A planta de secagem é equipada com uma bag house (filtros de manga) para controlar a poeira. A Rio Tinto recebeu licença ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Não renováveis (IBAMA) para operar essa planta, cujo investimento foi parte dos US$ 28 milhões aprovados em maio de 2007 para concluir os estudos de viabilidade do projeto de expansão de Corumbá. A disponibilidade do lump seco em Corumbá permitirá que o projeto de siderurgia a ser instalado na cidade use tecnologia baseada em gás, quando este estiver disponível. Sem a secagem, o uso do minério de Corumbá nas tecnologias de Redução Direta torna-se limitado.