O corte modesto da taxa do redesconto pelo Fed ontem deixa os mercados de metais sem liquidez nesta quarta-feira e traders dizem que as expectativas negativas para o crescimento norte-americano presentes no comunicado que acompanhou o anúncio da decisão não devem ajudar o mercado a recuperar seu ânimo.

Às 9h45 (de Brasília), o cobre negociado na LME caía 2,5% da máxima de ontem, negociado a US$ 6.663,00 por tonelada métrica, enquanto o alumínio recuava 0,8% para US$ 2.457,00 por tonelada. Na Comex, o contrato de março do cobre cedia 1,10% para US$ 3,0015 por libra peso. Este tom mais pessimista reflete ainda as revisões em baixa feitas pelo Goldman Sachs em suas projeções de preços. O banco cortou a previsão para o preço médio do cobre em 2008 para US$ 7.500,00 por tonelada, 17% abaixo da previsão anterior de US$ 9.000,00 por tonelada. O preço médio do alumínio deve ficar em média a US$ 2.480,00 por tonelada, 9% abaixo do cálculo anterior. “Como os metais básicos são as commodities com relação mais próxima ao ciclo industrial, reduzimos nossas projeções para os preços dos metais em 2008 em linha com as recentes revisões de baixa das projeções para a atividade econômica global”, disse o Goldman Sachs. Os analistas afirmam também que o aumento dos estoques devem começar a pesar nos preços no ano que vem. Segundo o analista da BMO Capital Markets, Bart Melek, o aumento expressivo dos estoques em resposta aos preços recorde atingidos nos últimos anos é o principal fator por trás da correção recente dos preços dos metais básicos.
Fonte: Padrão