A adoção da Internet das Coisas (IoT), tecnologia que está redefinindo como as operações mineradoras são conduzidas, vem sendo cada vez mais comum no setor. Exemplo disso, foi o destaque de uma equipe da Vale com um projeto de sistemas de gerenciamento de energia por meio de uma plataforma e tecnologia IoT na mineração. A iniciativa foi premiada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) com o Prêmio Boas Práticas na Mineração no Brasil, entregue durante a edição da EXPOSIBRAM 2024 – Expo & Congresso, em setembro, em Belo Horizonte.
trabalho conquistou a segunda colocação na categoria Eficiência Energética, com o tema Energia Elétrica. O objetivo dos autores era garantir a apuração de dados cada vez mais confiáveis para trabalhar com processos voltados à descarbonização.
“Antes ele tinha que acessar vários sistemas para conseguir obter um dado e levar para a plataforma para, então, analisar. Agora está tudo unificado em uma só, não precisa mais ficar procurando onde o dado está. Em um sistema unificado ele consegue verificar todas as informações. Fizemos um plano de investimento de três anos e implantamos sem destruir o que a gente já tinha, só evoluímos”, destacou Denise Ribeiro, uma das autoras do estudo de caso e que representou a equipe na apresentação.
Depois de avaliar o que o mercado brasileiro e internacional oferecia em termos de tecnologia IOT e de inteligência, o grupo encontrou uma enorme variedade de dispositivos e sistemas diferentes funcionando de forma integrada, com interoperabilidade e interconexão. A partir daí o time concluiu que este conceito poderia ser aplicável em medição e gerenciamento de energia.
“Como a Vale é uma mineradora, e não uma empresa de desenvolvimento de software, fomos pesquisar no mercado quem são os especialistas e quem já tem essa tecnologia, mas sem jogar fora o que já tínhamos dentro da empresa. Queríamos evoluir. Dentro do ambiente de automação, já trabalhávamos com as tecnologias das empresas CCK e Schneider PME. E deixamos isso às claras para os fornecedores: olha, eles têm vantagem competitiva por já terem tecnologia embarcada nos nossos ambientes de mineração”, contou Denise.
A partir da concordância dos concorrentes, quatro possíveis foram escolhidos, com a apresentação de 53 critérios determinados pela equipe em relação a temas como tecnologia de operabilidade, integração e servidor web. Tudo deveria estar embarcado na tecnologia que a Vale fosse escolher para utilizar.
“O que também colocamos de substancial neste trabalho é que não estabelecemos aos fornecedores como fazer a integração. Junto da área de suplementos e várias áreas envolvidas, estabelecemos os requisitos e pesos diferentes para avaliar se estavam ou não atendendo aos requisitos. Conseguimos priorizar e estabelecer o fornecedor ganhador. E durante dois anos nós implantamos este sistema, integrando os existentes (hardwares, medidores, concentradores de dados), subindo com estas informações para o sistema IOT, e com essa evolução que adquirimos, utilizando tecnologia de rede inteligente. Garantimos interoperabilidade e o usuário passou a acessar toda a plataforma pela intranet da Vale sem mesmo precisar saber qual tipo de hardware estava acessando na ponta”, salientou Denise Ribeiro.
“Todas as subestações estão integradas à essa plataforma. Ela atende a ‘gregos e troianos’”, brincou Denise, após apresentar um vídeo onde simulavam a experiência do usuário utilizando o sistema e confirmar que o trabalho ficou mais rápido e muito mais dinâmico, para que o funcionário não perca mais tempo procurando dado para fazer as análises visando melhorias no uso da energia da empresa.
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