Em comunicado hoje emitido, a Lundin Mining diz que, em Neves-Corvo, “devido à depreciação actual do preço do Zinco, a extração e o tratamento de minérios deste metal serão suspensos, até que os valores do concentrado no mercado sejam economicamente aceitáveis para o Grupo.”
O documento precisa que, em lugar do minério de zinco, em Neves-Corvo será extraído minério de cobre de baixo teor mas rentável, a tratar na Lavaria do Zinco, de modo a produzir concentrado de cobre com um teor de 24% de cobre contido.
Já em Aljustrel, a Lundin Mining diz ter decidido colocar a mina em manutenção das instalações com efeitos imediatos. “O mercado mundial do zinco teve uma súbita e significativa descida dos preços desde a inauguração oficial de Mina de Aljustrel, em Maio passado, preços que caíram mais de 50%. A situação de Aljustrel será revista periodicamente, desde que haja recuperação sustentada do preço do metal”, lê-se no texto do documento.
A mesma fonte nota que “Aljustrel planeou produzir 80 000 toneladas de metal contido no concentrado de zinco por ano”, sendo que o custo da construção do projecto foi de 150 milhões de euros.
Os prejuízos estimados na fase de pré-produção são cerca de 45 milhões de euros. Os custos relativos à manutenção das instalações estão estimados na ordem dos 4 milhões de euros por ano.
Segundo Phil Wright, Presidente e CEO do Grupo Lundin Mining, “em Neves-Corvo, não faz sentido produzir zinco a estes preços. Felizmente temos a opção de utilizar a Lavaria do Zinco para tratar minérios complexos, por isso a mina pode aumentar a produção de cobre no curto prazo. Com recursos de zinco de classe mundial, o grupo Lundin Mining espera expandir a sua produção de zinco, logo que haja um crescimento da economia.”
“Ao mesmo tempo, estamos desapontados por vermos forçados a colocar a Mina de Aljustrel em manutenção das instalações, mas não tivemos outra opção, tendo em conta não só os preços actuais dos metais, como também os baixos teores do minério”, nota este responsável.
A Lundin Mining diz no entanto ter uma “perspesctiva optimista de médio prazo em relação ao preço do zinco”, prevendo que haverá um défice na oferta deste metal assim que “o crescimento econômico se reestabeleça.”
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