Por que um único tipo de tela?

Pro-DeckTM dá maior produtividade e resultados, além de gerar economia aos que implementam o conceito

A quebra de paradigmas e a implementação de novas culturas nem sempre são tarefas fáceis. Em setores tradicionais, como o da mineração, por exemplo, as inovações em produtos e serviços devem buscar espaço a partir dos efetivos benefícios que podem oferecer.

Em geral, a prática tradicional é o uso de uma única tela como solução nos meios peneirantes. Mas será esta a melhor solução?

Nesse sentido, uma das inovações foi apresentada recentemente pela Haver & Boecker, que lançou e já está implementando em seus clientes o conceito Pro-DeckTM, uma proposta inovadora para avaliar o processo e resultados do peneiramento. “O Pro-DeckTM é um processo”, explica o Gerente de Vendas da Haver & Boecker Telas, Dario Abelha.

A partir de um trabalho amplo de auditoria e diagnóstico é indicada uma combinação de telas na superfície peneirante, cujo princípio é o de utilizar a tela ideal para cada fase de peneiramento, evitando ou minimizando problemas típicos, tais como, tamponamento, desgaste prematuro, baixa eficiência de peneiramento, entre outros.

Combina-se então, diferentes tipos de malhas para adequá-las a cada etapa de peneiramento, a saber: alimentação, estratificação e classificação final, permitindo a optimização do processo. Assim, o uso simultâneo de malhas metálicas, e/ou poliuretano e/ou borracha, quebra um paradigma e abre novas perspectivas para o processo de classificação e beneficiamento de produtos minerais.

As etapas do Pro-DeckTM incluem: análise de vibração da peneira, para conhecer seu comportamento dinâmico; inspeção do equipamento e seus componentes chave (temperatura, rolamentos, etc.); avaliação da alimentação, curva de distribuição e características dos materiais (grau abrasividade, fluidez, etc.); auditoria in loco das telas de peneiramento com a documentação e posterior elaboração de plano de ação, para recomendação das telas ideais para cada etapa do processo.

Segundo Abelha, são analisadas várias premissas que vão muito além apenas do tipo de tela que está sendo usada. “A análise física é necessária, pois muitas vezes o problema não está no tipo de tela em uso – metálica, poliuretano ou de borracha – mas em uma outra etapa do processo. E isso é percebido no diagnóstico. Só depois disso recomendamos a implementação dos meios peneirantes para cada cliente e qual o tipo de tela mais adequado a ser empregado”, completa.

Combinação de telas objetiva minimizar problemas típicos, como tamponamento, desgaste prematuro e baixa eficiência

Há exemplo de cliente da Haver & Boecker na América do Sul que enfrentavam o problema de quebra de telas prematuramente a cada 250 horas. Usavam cinco seções de tela metálica, com abertura de 32 mm, fio de 11 mm no topo da peneira. Com o conceito Pro-DeckTM, e o uso de telas mais adequadas – nesse caso foi uma combinação das telas Ty Plate (placas perfuradas com aberturas redondas e cônicas que evitam o entupimento) com as telas Double T (telas metálicas de aço Ty Pro® com arames duplos no mesmo sentido do fluxo e na trama) – houve um aumento no tempo de vida útil das telas para 1.200 horas sem quebras. “Isso só foi possível porque foi feita toda uma análise da situação e pudemos propor uma solução integrada”, explica Abelha.

“Queremos mostrar aos clientes que há algo novo no mercado e que traz muitos benefícios. Tal solução visa agregar valor ao processo e maximizar os resultados”, garante o executivo.

Novidade no mercado

A grande novidade hoje no mercado são as telas híbridas TY-Wire, da Haver & Boecker, fabricadas em poliuretano com alma de arame de aço carbono Ty Pro®, que possuem vantagens comparadas aos outros tipos de telas do mercado, como durabilidade de quatro a seis vezes mais do que uma tela metálica padrão. Além disso, as telas híbridas TY-Wire são mais levesno mínimo 40% a menos que uma tela metálica padrão; e têm maior área aberta de 25 % a 80 % se comparadas com módulos de PU convencional, além de aberturas com ângulo negativo, que produzem um efeito autolimpante.

Há também uma nova geração de telas metálicas autolimpantes, a Flex-Mat 3, que oferece maior efeito autolimpante, devido a suas características construtivas com tecnologias avançadas de poliuretano injetado e arames patenteados, melhorando a estratificação do material. A Flex-Mat 3 possui aberturas de 0,5 mm até 101,6 mm.

Focada em inovação, a Haver & Boecker trabalha com tecnologias diferenciadas na composição de telas, como a formulação especial para painéis de borracha com maior resistência, poliuretano com diferentes tipos de dureza, e arames de aço carbono patenteado em suas telas metálicas, o que produz telas com maior resistência à ruptura, elevada vida útil, e melhor eficiência de peneiramento.

O conceito Pro-DeckTM foi lançado pela companhia em 2011 e desde então vem sendo implementado por diversos clientes em todo o mundo.

Fonte: Revista Minérios & Minerales