Mineradora vai investir mais de US$ 1 bi em subsolo de Minas

A MMX Sudeste, sucessora da MMX Minas -Rio, do empresário Eike Batista, iniciou em julho a pesquisa geológica e os estudos de engenharia na mina de Bom Sucesso, o mais novo ativo da mineradora batizado com o nome do município de 17 mil habitantes do Centro-Oeste de Minas Gerais. O orçamento do projeto já foi definido em US$ 700 milhões até 2012, informa o diretor de Operações da empresa,Vitor Feitosa. O desembolso da mineradora no estado alcançará US$ 1,1 bilhão no período, somados os recursos de US$ 400 milhões previstos na expansão das antigas minas da AVG Mineração e da Minerminas, compradas pela MMX em Igarapé, na Serra Azul, região central mineira, rica em minério de ferro.

As estimativas iniciais em Bom Sucesso indicam reservas de 380 milhões de toneladas de ferro, que poderão surpreender com a conclusão das sondagens para medição da jazida no segundo semestre de 2009. “A intenção é começar as obras assim que terminarem os estudos de engenharia, provavelmente no início de 2010”, afirma Vitor Feitosa. Ao contrário da Serra Azul, explorada desde os anos 1950, Bom Sucesso é um município tipicamente agrícola, que nunca viu uma mineração de porte, apesar de empresas como a Vale manterem direitos minérios na região.

A MMX não quer perder tempo, iniciando as pesquisas na mina um mês depois da aquisição, cujo valor não foi revelado. O minério começará a ser explorado em 2012.

Segundo Vitor Feitosa, a empresa está definindo uma parcela de investimentos expressivos em meio ambiente que deverá chegar a US$ 100 milhões nas atividades em Minas, incluindo a construção de barragens de rejeitos e equipamentos de controle ambiental. Serão criados em Bom Sucesso pelo menos 500 empregos, com base nas primeiras projeções da mineradora.

Nas operações já em atividade adquiridas na Serra Azul de Minas, a MMX vai investir na expansão da produção e em melhorias operacionais. O diretor de operações da mineradora diz que os planos são de encerrar este ano com um volume produzido de 8 milhões de toneladas de minério de ferro. Com o orçamento previsto nos próximos quatro anos, serão 15 milhões de toneladas anuais.

A antiga Minerminas, que produziu 700 mil toneladas em 2007, foi comprada por US$ 125 milhões. A reserva está localizada nas proximidades da antiga AVG, que a MMX arrematou por US$ 224 milhões em dezembro do ano passado, quando a capacidade de produção da reserva estava em 2,3 milhões de toneladas anuais. O empresário Eike Batista anunciou recentemente investimentos de US$ 1,9 bilhão até 2011 no Brasil, entre os sistemas MMX Sudeste e MMX Corumbá.
Fonte: Padrão