MMX manteve produção estável a 2011
AMMX, empresa do grupo EBX e com extração de minério de ferro em Minas Gerais (Sistema Sudeste) e no Mato Grosso do Sul (Sistema Corumbá), divulgou no dia 18 de março o Relatório de Resultados de 2012, o qual mostrou prejuízo líquido de R$ 795,7 milhões, muito acima dos R$ 2,2 milhões contabilizados em 2011. Grande parte desse montante se deve por conta da desistência de seu projeto no Chile. Apesar da mineradora ter conseguido em função das melhorias operacionais na Unidade Serra Azul elevar a produção no terceiro trimestre de 2012, a queda nos preços do minério de ferro e na produção no último trimestre do ano, influenciaram desfavoravelmente o desempenho financeiro da MMX.
Em relação à produção, foram 7,38 milhões t de minério de ferro no ano passado, volume somente 2 % abaixo do reportado em 2011, ano recorde da empresa. O último trimestre do ano foi responsável pela produção de 1,7 milhão t e, mesmo representando queda de 23 % em relação ao trimestre o qual sucedeu, foi 15 % superior ao mesmo período de 2011.
A meta da companhia é a de ampliar a capacidade instalada da Unidade Serra Azul para 29 milhões t/ano e, tendo em vista esse alvo, obteve em abril do ano passado a Licença de Instalação que permitiu a terraplenagem de 8 milhões m³ na área onde será instalada a nova planta de beneficiamento. Para essa obra, que marca o início da expansão da unidade, somente no quarto trimestre do ano passado a MMX investiu R$ 406,2 milhões.
Em razão da expansão na unidade, a companhia evoluiu na contratação do fornecimento e montagem das estruturas metálicas e iniciou o processo de contratação da montagem eletromecânica da Unidade de Tratamento de Minério (UTM), além do término da engenharia básica dos off sites. Ainda no ano passado, foram iniciados os drenos profundos e superficiais da UTM, houve a continuação do processo de compra das subestações principais e secundárias e a construção e recapeamento de estradas da região.
Encontram-se em fase de embarque na China os primeiros equipamentos necessários para a expansão, dois moinhos de bolas e um britador giratório. Outros equipamentos fundamentais, como barras de instalação das bobinas, moinho de bolas, pinhão do britador, motor dos britadores e moinhos, costado do moinho SAG da FLSmidth e componente do moinho vertical Metso, já estão em fase adiantada de fabricação e outros equipamentos relevantes para a mina estão sendo encomendados pela mineradora.
Tendo em vista outro ponto estratégico para o crescimento dos negócios da MMX, a expansão do Superporto Sudeste para embarque de 100 milhões t/ano, a mineradora realizou no ano passado audiências públicas nos municípios de Itaguaí e Mangaratiba, ambos no Rio de Janeiro. Além disso, a empresa concluiu a construção civil da estrutura marítima e da montagem mecânica dos viradores de vagões do porto, que recebeu no terceiro trimestre duas carregadeiras de navios. Ao todo, a MMX destinou R$ 313,1 milhões no quarto trimestre de 2012 ao Superporto.
Com início das atividades programado para o último trimestre de 2013, o terminal portuário terá em um primeiro momento capacidade para movimentar até 50 milhões t/ano de minério de ferro, sendo expansível para até 100 milhões t/ano.
No momento, estão sendo construídos: o acesso rodoferroviário com 2,3 km ligando a linha da MRS à pera ferroviária da MMX; os dois pátios de estocagem com capacidade estática total de 2,5 milhões t, sendo que no pátio 6 já se deu início a montagem elétrica dos viradores de vagões, bem como a construção da sala hidráulica e do posto de observação; o túnel de 1,8 km de extensão, 11 m de altura e 20,5 m de largura para ligação entre os pátios de estocagem; e, por fim, a área marítima e sua estrutura, que demandou a dragagem das bacias de evolução e atracação.
Além dos investimentos no sistema Sudeste, a MMX arrendou da Usiminas e desenvolverá a mina Pau de Vinho, que se encontra em uma área contígua à Unidade Serra Azul, podendo produzir anualmente 8 milhões t de minério de ferro dividido na proporção de 86,5 % para a MMX e 13,5 % para a Usiminas, com direito exploratório de 30 anos.
Ainda em 2012, a MMX concluiu o processo de incorporação da PortX Operações Portuárias (PortX), obteve o enquadramento do BNDES para o financiamento de longo prazo do projeto de expansão da Unidade Serra Azul, e firmou um empréstimo ponte de R$ 600 milhões na MMX Sudeste como debêntures simples junto aos bancos Bradesco e Itaú.
Em números, a mineradora registrou vendas acumuladas em 2012 no total de 6,9 milhões t de minério de ferro, volume 11 % inferior ao ano de 2011. Desse total, 71 % foi direcionado ao mercado interno e o restante para exportação.
Construção civil da estrutura marítima do Superporto Sudeste foi concluída
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