Grupo Anhanguera, com operações em oito estados, adquiriu máquinas nova se vislumbra a retomada do mercado de construção civil a longo prazo.
Com o objetivo de aumentar a eficiência da sua produção e estar preparada para o reaquecimento do mercado, a Pedreira Anhanguera, que iniciou suas atividades em 1943 em São Paulo (SP), vem realizando uma série de melhorias em suas unidades, localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Tocantins, Sergipe, Goiás, Maranhão e Pernambuco. Nos últimos dois anos, a companhia adquiriu três novas escavadeiras para as suas operações de Pindamonhangaba e Cajamar (SP); e duas para as plantas de Goiânia (GO) e Palmas (TO). Além disso, a mineradora passou a reprocessar suas ferramentas de desgaste, como dentes das escavadeiras, revestimentos das caçambas e chapas de proteção. Agora, esses itens são enviados para a unidade de fundição do grupo em Cajamar (SP) e, após serem processados, se transformam em matéria-prima para a fabricação dessas ferramentas.
Na pedreira de Pindamonhangaba, localizada na cidade de mesmo nome no Vale do Paraíba (SP), a equipe conseguiu um aumento da produtividade com uma nova escavadeira 210-X2 da Link-Belt (LBX). O equipamento, de 21,5 t, substituiu uma escavadeira alugada. Ela opera na mina que lavra um depósito de gnaisse com vida útil estimada de mais de 50 anos. Os furos para a etapa de desmonte são executados com o auxílio de uma perfuratriz PW 6000, em frentes com 10 m de altura por 20 m de largura. O carregamento dos furos, com explosivo tipo emulsão bombeada, e os planos de fogo são feitos pela Maxam, empresa especializada nesta atividade. Em média, a operação de desmonte ocorre uma vez por mês, dependendo da demanda do mercado.
Então, os caminhões da empresa, ao todo nove veículos das marcas Volkswagen, Randon, Mercedes Benz e Ford, são carregados com rocha detonada. Matacos são quebrados com um rompedor hidráulico acoplado na escavadeira 210-X2.
Após o carregamento, o material segue para as três fases de britagem, que possuem equipamentos Faço (atual Metso), tipo mandíbulas, 90/60, 120/40 e 90/26. Complementam o processo, os sistemas de peneiramento que separam os diversos tipos de produto por granulometria, como pedra 1, pedra 2, pó de pedra, pedrisco e cascalho. Para o 2016, a empresa pretende instalar uma balança na área de expedição e agilizar o carregamento dos caminhões de terceiros.
Os itens de reposição, como as ferramentas de desgaste das escavadeiras, bits de perfuração, filtros, lubrificantes e graxas, são comprados diretamente pela unidade, com a supervisão da matriz do grupo em São Paulo. A manutenção da frota da unidade é feita por equipe própria, composta por três mecânicos.
Outra medida implementada pela companhia em todas as suas unidades foi produzir apenas os produtos mais demandados pelo mercado, mantendo estoques que duram no máximo 15 dias – e entre eles estão: pedra 1, pedrisco, areia de brita e pó de pedra.
Para a Pedreira Cajamar, situada na região metropolitana da capital paulista, a empresa comprou duas escavadeiras, uma 210X2, utilizada com rompedor hidráulico, e outra 350X2. As unidades de Tocantins e Goiás também adquiriram uma escavadeira 350X2, cada uma. Os equipamentos foram financiados diretamente pela LBX, sem intermediação bancária.
Fundada em 1943 pelo empresário Elysio Teixeira Leite como Pedreira Morro Grande, a mineradora nasceu no bairro da Freguesia do Ó, em São Paulo (SP). Em 1949, com a morte de Elysio, seu genro, Thomaz Melo Cruz assumiu a direção da pedreira. Em 1954, a empresa recebeu o nome de Pedreira Anhanguera com a nova instalação às margens da Rodovia Anhanguera, em Cajamar. Em 1964, o grupo comprou o conglomerado Concreto Redimix, multinacional australiana com atividades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. Logo após a aquisição, a empresa passou a fornecer concreto para a expansão da rodovia Anhanguera e outras estradas da região.