Empresa mantém um instituto, que coordena múltiplos projetos junto às comunidades
Marcelo de Valécio
Com 50 anos de mercado, a Embu Engenharia e Comércio, que tem pedreiras em Embu das Artes, Mogi das Cruzes, Perus, Itupeva, todas no interior de São Paulo, e em Vila Velha (ES), aposta na recuperação econômica do País, principalmente em função dos novos investimentos para o setor de infraestrutura e a retomada da indústria da construção civil, que demandam produtos do segmento de agregados. Atualmente, a maior unidade, de Embu, que tem capacidade produtiva de 2,6 milhões t por ano, opera com índice de utilização de 70%.
Para fazer frente aos novos desafios do mercado, a empresa reduziu os níveis de estoque de alguns itens de reposição de equipamentos da mina e insumos utilizados na planta. Com um portfólio com mais de 30 produtos e subprodutos de pedra britada, a Embu optou por focar nos produtos mais demandados pelo mercado, mantendo reservas que duram no máximo 15 dias, como pedra 1, pedrisco, areia de brita e pó de pedra.
Apesar do desaquecimento das atividades do setor de construção civil, que fez o orçamento da Embu ser reduzido em 10% este ano, a companhia mantém em marcha diversas ações voltadas à comunidade das cidades onde atua. O Instituto Embu de Sustentabilidade, em parceria com a Secretaria de Cultura de Embu, ministra cursos de arte e música para todas as idades. O projeto tem como objetivo proporcionar momentos de ludicidade, sociabilidade, aprendizagem, desenvolvimento de habilidades musicais e artísticas, facilitando a criação de laços de identificação e aproximação pessoal entre os participantes.
No curso de violão, ministrado por professores com mais de 20 anos de atuação, participam 16 alunos por turma, com idades entre 12 e 15 anos. Segundo a empresa, os alunos aprendem inclusive a ler partituras, o que nem sempre é ensinado nos cursos musicais gratuitos. O violão foi escolhido por ser um instrumento de fácil locomoção e aceitação universal. Foram atendidos cerca de 40 alunos até agora.
Ainda na área de música, a empresa possui o Coral Instituto Embu, que vem se aperfeiçoando cada vez mais sobre a regência do maestro Daniel Silva. Segundo a Embu, ele tem crescido e ganhado mais adeptos. Inicialmente concentrando pessoas da terceira idade, hoje conta com a participação de outras faixas etárias, tendo se apresentado em várias cidades de São Paulo.
No segmento de inclusão social, a Embu criou o Projeto Escrevendo Legal, que utiliza a informática como recurso de aprendizagem. Assim, além de aprender a ler e a escrever, os alunos estão sendo incluídos digitalmente. De acordo com os organizadores, o projeto pretende auxiliar os alunos que encontram dificuldades no processo de escrita, bem como na apropriação das funções sociais que as práticas de leitura e escrita oferecem às pessoas. O tipo de abordagem adotado é o de aproximar o processo de ensino-aprendizado da realidade vivida pelos alunos, considerando sua diversidade social e cultural, para tornar esse ensino mais acessível e significativo.
Como a grande maioria dos inscritos pertence a grupos sociais desfavorecidos, o Instituto Embu oferece gratuitamente o acesso a materiais, como livros, jornais, revistas, textos, apostilas, imagens, vídeos, bem como visitas a museus, centros históricos, teatros. Considerando também que os alunos podem ser funcionários da pedreira e necessitam de formação quanto aos riscos presentes no desenvolvimento do seu trabalho, são reforçadas nas aulas as boas práticas de saúde e segurança na mineração.
Na área de qualificação profissional, o Instituto Embu, em colaboração com a E.E. Dra. Iracema Oricchio, desenvolveu por meio da Empresa Ponto Profissional, um programa de orientações sobre empregabilidade e profissões, para os estudantes do 3º ano do Ensino Médio, voltado para o processo da escolha profissional. Inclui orientações direcionadas ao Enem e ao vestibular, além de aplicação de teste vocacional.
No segmento de meio ambiente, o Instituto Embu de Sustentabilidade criou o Projeto Refloreste – Valor Ambiental, Riqueza Social, que visa capacitar a população local e outros atores envolvidos diretamente em atividades de restauração ecológica, na Serra do Itapeti, em Mogi das Cruzes. Segundo o instituto, o projeto preservará os recursos naturais de uma área equivalente a 12 campos de futebol. A região está sob a proteção ambiental e conta com bacias hidrográficas de vital importância para o Estado de São Paulo.
Já o viveiro do projeto produzirá mudas de plantas nativas da Mata Atlântica para a restauração de ecossistemas naturais e urbanos por meio de soluções técnicas e profissionais. As mudas e os insumos do viveiro serão produzidos, segundo o Instituto Embu, dentro do conceito de sustentabilidade ambiental, econômica e social, utilizando recursos locais, pessoas da região e processos simples, permitindo a economia de recursos.
Além disso, o Refloreste contribuirá para a formação de Corredores Ecológicos, garantindo a manutenção dos processos ecológicos nas áreas de conexão entre a Unidade de Conservação Estação Ecológica do Itapeti, Serra do Itapeti e a APA (Área de Proteção Ambiental) Várzea do Rio Tietê, permitindo a dispersão de espécies entre as áreas isoladas e garantindo a troca genética entre as espécies.
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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