Por Anderson Magalhães Ferreira*
Os preços praticados em cada região são regidos impreterivelmente pela velha e inquestionável lei da oferta e procura. Ou seja, a receita total dos negócios acaba tendo origem numa equação bastante simples, que leva em conta a capacidade produtiva das plantas industriais e o valor médio pago pelo mercado alcançado. E isso é imutável, não cabendo a nenhum agente do mercado majorar seus preços para alavancar margens de lucro.
Como resultado, e guardadas as devidas proporções e possibilidades comerciais, as indústrias precisam adequar seus modelos de negócios ao faturamento “imposto” pelo mercado. É nessa hora, que as boas práticas de monitoramento e redução de custos fazem a diferença. Se o negócio não permite aumentar a receita, a melhor maneira de incrementar os lucros é atuar de forma eficiente nos custos. E isso pode e deve ser feito na própria empresa, sem depender diretamente do mercado.
A grande maioria das empresas no Brasil se considera enxuta em relação aos seus custos de produção. Não é difícil encontrar gestores que pegam uma folha de papel e começam a listar números para a mão de obra, energia elétrica, material de detonação, combustível, material de desgaste, etc. E no final da lista muitos incluem um item caracterizado como “Outros custos”, que supostamente abrange alguns valores esquecidos. Soma-se tudo e este é o custo da empresa, muito simples.
Basta implantar um sistema integrado de gestão que administre as compras, estoques e destinações de produtos e serviços na empresa, e as surpresas aparecem. Na prática são raríssimas as operações industriais que conseguem acertar os números do custo que haviam estimado. Em cada etapa do processo produtivo gasta-se mais, ou até menos do que a estimativa teórica. E isso afeta o resultado do negócio de forma significativa, afinal as contas a serem pagas não são nada teóricas.
A gestão real de tudo que se gasta nas operações da indústria é possível, e em muitos casos até simples de ser feita. O primeiro passo é se munir de ferramentas suficientes para viabilizar toda a cadeia de controle, dentre elas um software capaz de registrar e organizar todas as informações. Melhor ainda se este software já estiver integrado aos demais departamentos da empresa, evitando o retrabalho na manipulação das transações e garantindo segurança e eficiência nos resultados.
O próximo passo é contar com uma consultoria de implantação do processo de gestão, para que os setores e colaboradores envolvidos se alinhem às ferramentas aplicadas. Finalmente, e não menos importante, é essencial que os gestores consigam fixar a cultura do apontamento e controle na empresa. Embora pareça óbvio, a maioria dos sistemas de gestão de custos implantados falham simplesmente porque não tiveram continuidade, e assim não se transformaram numa cultura natural dentro do negócio.
Um bom exemplo desta visão “realista” de custos pode ser observado nas indústrias do polo de produção de calcário da região centro-oeste de Minas Gerais, localizado nos municípios de Arcos, Pains, Córrego Fundo e Formiga. A união inteligente de empresas, o compartilhamento de experiências e a adoção de sistemas integrados de controle fez com que a grande maioria dos negócios alcançasse margens de lucro respeitáveis, num mercado altamente competitivo.
A grande maioria das empresas desta região produtora em Minas Gerais utiliza o software de gestão integrado Delphi SGA, desenvolvido e implantado pela empresa Delphi Sistemas de Gestão (www.delphionline.com.br). Um dos atrativos desta ferramenta é ter sido modelada de acordo com as características operacionais do setor de mineração. Além de aderir naturalmente aos processos produtivos e administrativos das empresas, o sistema é implantado pela Delphi com base numa consultoria organizacional e operacional completa. Desta forma é possível garantir maior eficácia nos resultados e o uso de todos os recursos possíveis e aplicáveis, otimizando substancialmente a tomada de decisões estratégicas nas empresas.
Saber quanto uma empresa faturou não é tarefa complicada. Mas saber quanto custou cada tonelada do produto vendido já é tarefa mais refinada, que depende de investimento e organização. Sem dúvida é o caminho a ser seguido por todas as empresas que pretendem se manter no mercado, competitivas e rentáveis. Todas querem, portanto todas precisam trabalhar neste sentido. Quem chegar primeiro, colherá os melhores frutos. Porém nunca é tarde para começar. Mãos à obra!
*Anderson Magalhães Ferreira é gerente da Mineração Ducal