Consumo elevado de corpos moedores motivou programa

Projeto visou reduzir o consumo de corpos moedores na JMC, aprimorando as atividades dos operadores e utilizando materiais de maior resistência

O elevado consumo de corpos moedores foi o principal gargalo que motivou a elaboração de um projeto de melhoria da planta metalúrgica da Jacobina Mineração e Comércio (JMC), localizada em Jacobina (BA) e pertencente à canadense Yamana. Denominado “Redução do Consumo de Corpos Moedores”, o projeto foi apresentado no VII Workshop de Redução de Custos na Mina e na Planta da revista Minérios & Minerales, por Thaise Gabriela Reis Tavares, Engenheira de Processo da JMC.

Thaise Gabriela Reis Tavares, Engenheira de Processo da JMC

A meta do trabalho foi reduzir o consumo específico mensal de corpos moedores (bolas) de 1,81 para 1,64 Kg/t alimentada no período de 12 meses. No entanto, o projeto atingiu o consumo de 1,58 kg/t, 4% abaixo da meta estipulada. “Nossa meta foi elaborada em função do nosso consumo histórico, onde avaliamos os meses que tivemos menor consumo específico”, ressalta Thaise.

Utilizando uma metodologia PDCA (Plan, Do, Check, Act), uma equipe multidisciplinar identificou que os corpos moedores representavam 21,24% do custo total da planta. Nesse sentido, havia um descumprimento, por parte da mão de obra, no padrão de reposição de bolas e não se tinha uma revisão adequada das máquinas, como um projeto de especificação de liga para a dureza do minério ou/e um estudo em relação ao tamanho de bola de moagem. Em medição, notou-se uma ausência de acompanhamento diário da reposição das bolas; havia uma falta de padrão de processamento do moinho e falhas no sensor de nível dos silos.

“Para chegar às raízes do problema, nós utilizamos à metodologia doDiagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito. Nós iniciamos com um brainstorming sobre as possíveis causas dos nossos problemas”, afirma a engenheira.

As medidas de maior efeito foram as ações de ganhos rápidos, que previam mudança no processo, nos padrões operacionais e no envolvimento das pessoas. Em relação à dureza dos corpos moedores foi aplicado um material mais resistente, feito com ferro fundido branco dealto cromo.

O ganho obtido em 2014 foi de R$1.015.544,97. “Além de deixarmos de gastar mais de R$ 1 milhão com a reposição dos corpos moedores, conseguimos a participação de todas as áreas da unidade, resultando em sentimento de pertencimento e trabalho em conjunto”, conclui Thaise.

Uma equipe multidisciplinar identificou que os corpos moedores representavam 21,24% do custo total da planta

Fonte: Revista Minérios & Minerales