Ações programadas aumentaram a durabilidade dos bits das perfuratrizes da Usiminas, gerando um ganho de R$ 150 mil
“A redução de custos com insumos é uma questão importante em qualquer setor produtivo de uma empresa, pois impacta diretamente no custo final do produto”, afirma Zanão. Participaram também do projeto: Hermes Duarte Junior, supervisor de mineração e Rodrigo Antônio Ribeiro, técnico de perfuração.
O mapeamento e o estudo detalhado do processo de utilização do bit permitiram a identificação de várias oportunidades de melhoria que foram transformadas em ações que garantiram uma economia direta para a empresa.
A frota de perfuração da companhia é composta por três máquinas de médio porte, sendo uma DM-30 (Atlas Copco) e duas T4BH, e duas de pequeno porte, do modelo Flexroc T40. As duas perfuratrizes T4BH, que foram contempladas pelo projeto, representam 70% do volume de perfuração primária da empresa e 73% dos gastos com ferramentas de perfuração.
Nesse cenário, os custos com bits atingem 79% dos custos por tipo de ferramentas de perfuração. Para se ter uma ideia, o consumo médio de bits (8”) nas T4BH chegam a 150 unidades por ano. O martelo, por exemplo, é o segundo item mais trocado, com oito substituições por ano.
Durante o projeto, a empresa identificou bits com mau desempenho e metragens muito variável. Sendo assim, foi necessário estudar cada etapa do processo em isolado para identificar as possíveis falhas.
A mineradora utilizou a metodologia 6 Sigma para atacar os problemas. Foram feitos treinamentos da equipe e controle de desgastes dos bits. “O procedimento foi todo revisado de forma a deixar bem claro o passo a passo da execução de cada processo com fluxogramas, figuras, etc.”, afirma Zanão.
O piso do local de descarga/armazenagem de ferramentas para afiação foi forrado com borracha para evitar geração de microfissuras causadas pelo impacto na descarga/manuseio do bit na afiação.
O sistema de transporte de bits para a perfuratriz e para a afiação foi readaptado para evitar geração de microfissuras causadas pelo impacto das batidas de uma ferramenta contra a outra no transporte. “Agora os bits vão em pé, devidamente separados por suportes/encaixes”, ressalta o engenheiro.
Além disso, foi feita uma classificação de ferramentas por cores seguindo o desgaste, um controle de afiação de ferramentas e um ranking de operadores para treinamento de reciclagem.
Com todas essas medidas, a empresa obteve uma economia direta de cerca de R$ 150.000 em 2014, considerando os níveis de produção e o percentual de toneladas desmontadas pelas toneladas movimentadas no período do estudo.
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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