Conquistando cada vez mais espaço e despertando o interesse pelas áreas tipificadas como masculinas, as mulheres estão cada vez mais mostrando que não são o “sexo frágil”, inclusive, para trabalhar na mineração. Exemplo dessa disrupção de paradigmas, é que mais de 970 mulheres, para 30 vagas ofertadas, se candidataram para um programa de qualificação de operadoras de caminhões em Paracatu (MG). A iniciativa é uma parceria da Kinross com o SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), chamada de Programa de Qualificação – Operadoras de Equipamentos Móveis.
Para participar, as mulheres precisavam ter a carteira de habilitação na categoria B, que permite a condução de veículos de quatro rodas com menos de 8 passageiros. As alunas aprovadas no curso contarão com um upgrade em suas CNHs para a categoria D custeado pelo programa, que habilitará as condutoras a operarem veículos de carga e de passageiros com mais de oito lugares.
O curso teórico teve início no dia 2 de outubro e terá duração de um mês, com 128 horas de conteúdo teórico. As candidatas que forem certificadas pelo programa ainda têm a possibilidade de serem admitidas pela Kinross para atuarem na planta da mineradora em Paracatu futuramente. Esta é a primeira turma do programa, que, segundo a mineradora, pretende torná-lo anual, oferecendo novas oportunidades para mais mulheres.
“Queremos que a presença de mulheres na empresa seja cada vez maior. Contamos com uma série de iniciativas de formação profissional voltados para a empregabilidade da mulher no setor mineral, em áreas como mecânica e operação, que são tradicionalmente masculinas”, afirma Eduardo Magalhães, diretor de RH, TI e Suprimentos da Kinross. “Programas como o de qualificação de operadoras de equipamentos móveis são uma grande oportunidade para que moradoras das comunidades próximas à Paracatu possam se qualificar e garantir uma nova fonte de renda, de forma que elas desenvolvam suas carreiras e conquistem mais espaço, inclusive em posições de liderança”, conclui.
Para Ana Paula Silva, instrutora do SEST SENAT, as mulheres têm contribuído para que o transporte dentro da mineração e de outros segmentos se desenvolva cada vez mais. “Incentivar o protagonismo feminino encoraja, fortalece e empodera a luta contra as desigualdades sociais. Por isso, é muito gratificante poder fazer parte do programa de qualificação para mulheres operadoras de equipamentos móveis”, afirma Ana.
Cassione Rodrigues, também instrutora do SEST SENAT complementa: “acreditamos no papel transformador da educação e na sua importância para o desenvolvimento profissional das mulheres participantes do projeto desenvolvido pela Kinross. Para nós é uma honra poder capacitá-las para vencer novos desafios e serem protagonistas de suas próprias carreiras. Por meio de programas como este todos saem ganhando: a mineração, as profissionais e a comunidade, que podem se beneficiar de um ambiente de trabalho mais diverso, dinâmico e fortalecido”.
A aluna do programa de qualificação para mulheres operadoras de equipamentos móveis, Denise Oliveira de Assis, enxerga esta oportunidade como uma forma de crescer ainda mais no mercado de trabalho e na mineração. “Eu moro no Bairro Alto da Colina, próximo à Kinross em Paracatu, e estou muito feliz em poder representar as mulheres da minha região neste projeto. Tenho o sonho de crescer na área da mineração e estou muito animada em fazer o curso e conseguir novas oportunidades de trabalho. Espero que cada vez mais mulheres sejam incentivadas a participar e tornar o setor mais inclusivo”, ressalta Denise.
Além do programa, a Kinross é uma das empresas participantes do WIM (Women in Mining, em português Mulheres na Mineração), movimento que tem como objetivo a ampliação e o fortalecimento da participação das mulheres na mineração no Brasil.
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