A Anglo American aposta em um guidance de produção no sistema Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro, no Médio Espinhaço, para 2020 entre 22 milhões de toneladas e 24 milhões de toneladas de minério de ferro. No ano passado, o complexo registrou 23,1 milhões de toneladas contra apenas 3,4 milhões de toneladas em 2018, quando ficou paralisado por meses em função de vazamentos no mineroduto.

As informações constam do balanço divulgado recentemente pela empresa. No documento, a empresa revela também que programa também uma parada de um mês no segundo trimestre para uma nova manutenção no mineroduto.

Em relação ao desempenho de 2019, a Anglo ressaltou que a produção de 23,1 milhões de toneladas foi impulsionada por um forte desempenho operacional, refletindo o trabalho de otimização realizado durante 2018 enquanto as operações foram suspensas, o impacto de iniciativas de produtividade e o acesso ao minério superior da área de mineração da Etapa 3.

Também no documento, a mineradora comunicou que a construção do alteamento programado da barragem de rejeitos foi concluída em agosto de 2019 e a aprovação da conversão da licença de instalação em licença operacional foi concedida em dezembro do mesmo ano.

Em termos de vendas, o sistema Minas-Rio foi responsável pela comercialização de 22,9 milhões de toneladas de minério no decorrer do exercício passado, contra 3,2 milhões de toneladas de 2018. O preço médio da tonelada, conforme a mineradora, foi de US$ 79, ante US$ 70 um ano antes.

Balanço financeiro – Com isso, o lucro líquido da companhia chegou a US$ 3,55 bilhões em 2019, apresentando estabilidade em relação ao ganho apurado no ano anterior. O Ebitda – lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado anual aumentou 9,2% no ano passado, a US$ 10,01 bilhões. Já a receita cresceu 8,2% no mesmo período, chegando a US$ 29,87 bilhões.

Conforme a Anglo, apenas o Minas-Rio registrou um Ebitda subjacente de US$ 1,164 bilhão, enquanto em 2018 houve perda de US$ 312 milhões.

Segundo a companhia, o desempenho do ano passado “refletiu o sólido ramp-up após a aprovação para reiniciar a operação em dezembro de 2018, bem como a eficiência de custos e forte realização de preços. Os custos unitários de US$ 21 / tonelada, inferiores às projeções iniciais de US$ 28 a US$ 31 / tonelada, foram impulsionados pelo aumento da produção, pelas iniciativas para melhorar a produtividade e pelos preços mais baixos de energia e consumíveis”.

FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO