Paradoxalmente, entretanto, enquanto vislumbramos este terrível cenário, são bem conhecidas no Brasil, somente no que respeita à infraestrutura, obras absolutamente necessárias à melhoria indispensável de nossas produtividade e competitividade, as quais totalizam investimentos de dezenas de bilhões de dólares americanos – e nos são essenciais! -, que, uma vez concretizadas, combateriam fortemente o trágico desemprego acima estimado.
É ainda a Exame quem destaca que «os investimentos em infraestrutura no (nosso) país saíram de uma média de 2,16% do PIB, nos anos 2000, para 2,36%, de 2011 para cá – ainda muito longe dos 5% sugeridos pelos especialistas como o mínimo para o país se recuperar do atraso na área. E, quando se tem a sorte de conseguir dotação no orçamento, surgem outros problemas”.
Para contribuir e tentar desatar este nó, Exame divulga “Estudo da consultoria KPMG, com mais de 100 empresas públicas e privadas pelo mundo, (o qual) apontou que 53% delas tiveram problemas de atraso ou sofreram revisão de orçamento”
“Qual a saída?”, pergunta a própria Exame, a qual, com base, segundo ela, “em uma dezena de specialistas, sobre o que é preciso fazer para tirar importantes obras do papel”, assim responde:
Assegurar o fluxo de recursos;
Melhorar os projetos;
Reduzir a burocracia;
Aperfeiçoar a Governança;
Repensar o arcabouço institucional.
Mas há luz no fim do túnel (e, felizmente,não é a da locomotiva que vem em sentido contrário): “A sociedade está se mexendo. A tendência é que o aprimoramento das regras seja estendido para estatais de um número cada vez maior de setores”, diz Joisa Campanher Dutra, Diretora do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas, conforme publica a Exame, que ainda destaca sua visão, com a qual concordo plenamente, de que “Atrair o setor privado é, sem dúvida, o melhor caminho para evitar que falte dinheiro para infraestrutura” – como diz Wagner Cardoso, Gerente Executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria, “O estímulo às concessões dos últimos anos foi um avanço. Colocando bons ativos na roda, a demanda aparece”.
E nós da Mineração, o que deveremos fazer? A meu ver, agirmos, com todo empenho, em nossas Entidades representativas e, também, juntamente com os nossos stakeholders, estarmos permanentemente em contato com as respectivas autoridades e tomadores de decisão a respeito, tudo com vistas à, com transparência, ética e objetividade, continuarmos a participar da construção de um Brasil cada vez melhor, para os nossos filhos e netos.
*Engenheiro de Minas e Metalurgista, EEUFMG, 1961. Ex-Aluno Honorário da Escola de Minas de Ouro Preto. Presidente da J.Mendo Consultoria Ltda. Fundador e Presidente do Ceamin – Centro de Estudos Avançados em Mineração. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas e Presidente do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia da Entidade. Coordenador, como Diretor do BDMG, em 1976, da fundação do Instituto Brasileiro de Mineração – bram. Como representante do Ibram, um dos 3 fundadores da Adimb – Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira. Ex-Conselheiro do Cetem – Centro de Tecnologia Mineral do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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