Com a presença da presidente Dilma Rousseff e do governador de Sergipe, Marcelo Déda, os presidentes da Vale, Murilo Ferreira, e da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, assinam nesta segunda-feira, dia 23 de abril, a renovação do contrato de arrendamento de ativos e direitos minerários de potássio, no Estado de Sergipe. O acerto entre as empresas permite o arrendamento, por mais 30 anos, para exploração das reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio, cuja concessão é propriedade da Petrobras. Com isso, a Vale poderá dar continuidade à sua operação atual, na mina de Taquari-Vassouras, e prosseguir com o desenvolvimento do projeto Carnalita.
O projeto, atualmente em fase de detalhamento de engenharia, será aprovado pelo Conselho de Administração da Vale, ainda neste ano. Quando entrar em operação, será a maior planta de extração de potássio do Brasil. Atualmente, o País importa 70% dos fertilizantes que utiliza e atinge 90% na importação de potássio. O cloreto de potássio, classificado como fertilizante mineral simples, é usualmente misturado ao fósforo e ao nitrogênio na produção do fertilizante composto (NPK).
Desde 1992, Vale já explora a mina arrendada da Petrobras e produz cloreto de potássio a partir dos sais de silvinita, num volume de cerca de 600 mil t anuais.
Diferentemente da produção atual do cloreto de potássio, cuja extração é feita em lavra subterrânea na mina de Taquari-Vassouras, a mineração da carnalita será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. A salmoura (mistura da carnalita com outros sais) será então retirada do subsolo e processada na superfície.
Estima-se que o Projeto Carnalita poderá adicionar um volume de 1,2 milhão t à produção de potássio em Sergipe. Essa oferta permitirá ao Brasil economizar cerca de US$ 17 bilhões em divisas ao longo de 29 anos. O Projeto prevê ainda a geração de aproximadamente quatro mil empregos na fase de construção, bem como de 700 empregos na fase de operação.
Fonte: Padrão
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