A companhia mineradora australiana BHP-Billiton divulgou, dia 25 de novembro, logo após o fechamento do pregão nas bolsas da Austrália, sua decisão de abandonar a intenção de compra da também australiana Rio Tinto, a qual seria feita ao custo de aproximadamente 100 bilhões de dólares norte-americanos!
Embora pareça pouco afetar o Brasil, na verdade, a decisão, anunciada ao final de reunião do Conselho da BHP em Melbourne, traz grandes apreensões e dúvidas quanto ao futuro do mercado de mineração no mundo todo.
Vem piorando, nas últimas semanas, a situação de queda de preços dos minérios e metais, produtos exportados em grande escala pelo país.
O que, no contexto de crise em que vivemos, pode, sim, afetar o Brasil.
A fusão da BHP-Billiton com a Rio Tinto criaria a maior empresa mineradora do mundo, forte competidora da Vale (antiga Companhia Vale do Rio Doce) e detentora de grande parte da oferta mundial de carvão e minério de ferro.
A Vale manteria, de toda forma, o segundo lugar nesse ranking.
A fusão seria, ainda, a segunda maior – em termos de valores – já realizada em toda a história do mundo – além de ser a ação mais agressiva já protagonizada por empresa australiana no mercado internacional.
Ao anunciar a decisão da empresa, o Presidente da BHP, Don Argus, declarou que “a piora do ambiente de negócios fez com que o risco associado à transação (de compra da Rio Tinto) se tornasse inaceitável”.
Essa piora do ambiente de negócios, com a China – que é o grande comprador do minério de ferro e do aço brasileiro – em vias de entrar (possivelmente) também em recessão , é que deve nos preocupar, no Brasil.
Não que, no curto prazo, as coisas devam necessariamente piorar também paro o Brasil.
Mas, o que não se sabe, é o que acontecerá no futuro. No mínimo, e na dúvida, fiquemos de olho!
Fonte: Padrão
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