A necessidade de “reduzir, reutilizar e reciclar” agora é amplamente aceita – mas você sabia que a reforma de equipamentos também pode reduzir o consumo de combustível, o custo total de propriedade (TCO), o tempo de inatividade e os acidentes, além da pegada de carbono? Francois Nell, gerente de Portfólio de Rebuilds & Upgrades da Sandvik, explica por que mesmo os players mais ricos do setor desejam manter suas máquinas longe do ferro-velho.

Se você já foi a uma feira de carros clássicos, provavelmente ficou maravilhado com as fileiras de impecáveis veículos antigos, muitos deles em condições ainda melhores do que quando saíram da fábrica, graças às centenas de horas e grandes quantias investidas em trazê-los de volta à vida. Incrivelmente, porém, o valor de mercado da maioria desses carros será apenas uma fração do que foi gasto neles (embora poucos entusiastas se importem com com isso).

A indústria de mineração não pode se dar ao luxo de ser tão sentimental, mas existem serviços profissionais de reformas para atendê-la. A Sandvik, por exemplo, é capaz de reformar praticamente qualquer um de seus equipamentos mais antigos e incluir as especificações mais recentes, com um desconto significativo em relação ao que os clientes pagariam por um novo modelo equivalente.

Figure 1. Before, above,and top, after – AngloGold’s Sandvik DD421-60 has been brought back to as-new condition.

Reformas não são uma “segunda alternativa”
“Em qualquer uma de nossas 70 oficinas em todo o mundo, os especialistas da Sandvik podem fornecer um serviço de reforma para atender com precisão às necessidades e ao orçamento do cliente”, diz Francois Nell

“Embora muitos de nossos negócios venham de mercados onde há foco em manter os equipamentos funcionando o maior tempo possível, é importante lembrar que nossas soluções não são apenas para aquelas máquinas que estão chegando ao fim de sua vida útil.”

Na verdade, as reformas podem ser mais eficazes quando realizadas como serviços de meia-vida que garantem maior confiabilidade no longo prazo, enquanto ajudam imediatamente a aumentar o desempenho e a segurança e a reduzir o custo total de propriedade. E é o crescente reconhecimento do valor que esses serviços oferecem que explica por que os principais players estão entrando na onda da reconstrução, em vez de fazer uma troca.

Planejamento é fundamental

Duas décadas atrás, a indústria raramente fazia reconstruções e os próprios clientes apenas reagiam como e quando necessário, em vez de ter uma estratégia. Com as oficinas de reformas cada vez mais ocupadas e o aumento dos prazos de entrega para componentes grandes e pequenos, hoje em dia é necessário muito mais planejamento. Isso também garante que os clientes possam escolher o período menos prejudicial para o trabalho ser realizado, minimizando paradas não planejadas.

“Nossa oferta varia em complexidade, desde as reconstruções personalizadas básicas, Life Extension, até os escopos Reborn e Reborn+”, conta Nell. “Começamos com uma avaliação completa para decidir quais componentes são necessários para atender ao briefing. Isso nos permite encomendar as peças com antecedência, para que o trabalho real possa começar assim que recebermos o equipamento. Todo o processo geralmente leva de 6 a 7 meses.”

Isso, é claro, pressupõe que a intervenção seja realizada em uma instalação da Sandvik, permitindo que a empresa use os mais altos níveis de procedimentos operacionais padrões, ferramentas, limpeza etc. Ao reformar com um conjunto de padrões fixos, a Sandvik pode oferecer ao cliente uma garantia “como novo” ou padrão, dependendo do escopo, que não poderia ser garantida se o trabalho fosse feito na unidade do cliente. Alguns equipamentos, no entanto, podem estar irremediavelmente situados no subterrâneo, caso em que exceções precisam ser feitas.

Desmontar para reconstruir

Então, o que um cliente pode esperar quando seu equipamento chegar a uma oficina? No caso da Sandvik, mais de 1.000 medições, diagnósticos e pontos de verificação são analisados ​​antes mesmo do início da restauração. Após a desmontagem completa da máquina, os experientes especialistas da empresa realizam ensaios não destrutivos para determinar a extensão de qualquer fadiga do metal e garantir que a reformaseja realmente viável. Depois de aprovada e repintada, é efetivamente realizada uma restauração completa, usando apenas peças genuínas.

Muitas vezes, usando kits pré-montados para acelerar o prazo de entrega, todos os principais componentes serão substituídos. Máquinas mais antigas serão frequentemente reconstruídas de acordo com as especificações da nova geração, como as mais recentes tecnologias de motor, quando apropriado, ou atualizações em termos de hardware e software – principalmente a tecnologia Knowledge Box da Sandvik ou os recursos de segurança mais recentes.

O teste de funcionalidade continua, antes que os equipamentos sejam novamente colocados em serviço. Um benefício adicional dessa abordagem é que, diferentemente de uma máquina com dez anos de idade que é substituída por um novo modelo, não há necessidade de retreinar os operadores. Eles podem começar imediatamente a fornecer os mesmos (se não maiores) níveis de produtividade que antes – embora com maior conforto e segurança.

Um novo sopro de vida

“As vantagens econômicas para os proprietários de minas são claras quando olhamos para a vida útil dos equipamentos renovados, que alcançam pelo menos 90% do que novos equipamentos ofereceriam. Mas nem sequer falamos dos benefícios ambientais resultantes da enorme redução no consumo de energia, possibilitada pela filosofia de redução e reutilização”, conclui Nell.

Embora a maioria dos equipamentos subterrâneos não seja reformada mais de uma vez devido à fadiga estrutural, perfuratrizes rotativas de superfície, por exemplo, podem facilmente ter seus componentes substituídos duas ou três vezes, operando bem mais de 100.000 horas antes de serem colocadas de lado.

Figure 2 A Sandvik Toro7 loader gets the rebuild treatment in Mexico