A Imepel, maior fabricante de rolos para transportadores contínuos do Brasil, apresentou um modelo de rolete que possibilita a geração de energia elétrica durante a sua operação. O equipamento, utilizado em correias transportadoras, possui um sistema gerador em seu interior que transforma a energia mecânica cinética gerada pelo movimento das correias em energia elétrica.

“É uma energia captada da movimentação das correias, que é intrínseco às atividades da mineradora. Em muitas unidades, esses equipamentos têm quilômetros de extensão. Portanto é uma possibilidade de gerar energia para iluminar áreas adjacentes aos equipamentos, pátios, sinalizações, etc”, afirma Cristiano de Souza Marcello, Coordenador de Marketing e Vendas Externas da Imepel.

A empresa apresentou também um equipamento que facilita a troca dos rolos em correias transportadoras, assim como roletes com chips, que fornecem informações em relação a data e hora de instalação e fabricação, características técnicas, tempo de uso etc.

Além dos roletes, a empresa, fundada em 1996 em Criciúma (SC), atua na fabricação de suportes e tambores. Atualmente a matriz da empresa está instalada em Siderópolis (SC), em uma área total de 25 mil m2, sendo mais de 5 mil m2 de área construída e uma capacidade produtiva em torno de 40.000 roletes para correias transportadoras.

Recentemente, a empresa desenvolveu rolos para substituir os tambores da Mina de Timbopeba, pertencente à Vale e localizada em Ouro Preto (MG). A mudança se deu após os engenheiros e técnicos da empresa realizarem um estudo devido às constantes paradas para troca dos rolamentos dos mancais, prejudicados principalmente pela umidade excessiva. O objetivo era diminuir os impactos das paradas não programadas na produtividade da área. A solução para o problema foi desenvolvida pelos profissionais da Imepel e deu tão certo que a mudança também foi implantada nas unidades Mina de Alegria e Mina de Brucutu, ambas da Vale e localizadas nos munícipios mineiros de Mariana e São Gonçalo do Rio Abaixo, respectivamente.

Antes da mudança, os rolamentos dos tambores eram trocados frequentemente, tendo vida útil considerada muito baixa, algo em torno de 30 dias. Além disso, as paradas frequentes refletiam significativamente na produtividade da área. Para solucionar o problema, engenheiros e técnicos da empresa foram ao local com o objetivo de discutir a possibilidade de adaptação ou fabricação de um rolo que pudesse substituir tais tambores.

De acordo com José Ronaldo Mendonça, técnico responsável pelo projeto, foram coletados os dados e características técnicas do equipamento e avaliadas as condições para desenvolver soluções adequadas. “Após a análise, a Imepel dimensionou um rolo de retorno plano com revestimento de borracha, para a substituição do tambor. Então foram fabricadas cinco unidades em caráter de teste para verificar a viabilidade de aplicação e a durabilidade dos elementos em comparação ao tambor”, explica.