Em coletiva realizada na tarde de ontem, 15 de agosto, no Sindicato Rural de Corumbá, o gerente da Rio Tinto, Edson Miranda; o diretor financeiro e de recursos humanos, Aluísio Pinho Oliveira; o diretor de operações logísticas, José Luis de Carvalho, esclareceram dúvidas e explicaram como será o processo de expansão na produção da mina.

Ao ser questionado sobre a licença ambiental, Edson Miranda, gerente geral da Rio Tinto, afirmou que tudo já está em andamento no IBAMA, “o nosso estudo de impacto ambiental já foi entregue e acreditamos que até fim desse ano ou começo do outro saia a licença e nós já estaremos com tudo pronto para começar”.

“A Rio Tinto tem um estudo sobre a água que nós utilizamos dos lençóis freáticos e como isso vem sendo uma preocupação constante nas audiências públicas que realizamos, resolvemos que nesse novo projeto utilizaremos a água do rio Paraguai na lavagem do minério, onde estaremos gastando R$ 57 milhões”, explicou Miranda garantindo que “não haverá impacto relevante para o Pantanal”.

Entre os projetos de sustentabilidade da empresa estão a restauração das áreas tocadas, estudos da biodiversidade, preservação da espécie animal e vegetal, reflorestamento, “esse recurso ele é captado desde o começo e está previsto no balanço anual da empresa, para quando terminarmos de explorar uma determinada área, logo em seguida ela já seja restaurada e não perdamos tempo captando recursos”.

Social

Além das preocupações ambientais, o social é outro setor que tem mobilizado a mineradora e entre os investimentos feitos há uma parceria com a prefeitura, “há dois meses anunciamos uma projeto que está em andamento na administração municipal”.

Escoação da Produção

“Nosso projeto inicial foi a hidrovia por ser a alternativa mais viável e que seria mais rápido, pois teríamos apenas que comprar as barcaças e reboucadouros. Pensamos na possibilidade de escoar a produção pela ferrovia, mas demoraria mais tempo do que se utilizarmos o rio. Podemos usá-la desde que esteja em condições e se tivermos como parceira a ALL”, disse Aluisio Pinho ressaltando que o Porto de Albuquerque vai exportar 10 milhões de toneladas, onde serão investidos cerca de U$$ 250 milhões, e lembrou que “aguardam também a tramitação de licenciamento de um Porto no Uruguai, cujo processo já está em fase avançada”. Acredita-se que em dois anos tudo estará funcionando.

Mercado

Ainda segundo Aluísio, a empresa já possuí um mercado de exportação do minério com a Europa, Argentina e Oriente Médio, para onde possivelmente a produção dessa nova mina irá.

Siderurgia

Durante essa primeira fase de expansão ainda não está prevista a atividade siderúrgica, mas também não está descartada a possibilidade, “os primeiros estudos que realizamos em 2005, já apontava esse caminho, mas com a alta do preço e escassez do gás, ficou meio inviável e estudamos uma outra alternativa que seria o uso do carvão mineral, pois existem parceiros interessados no pólo. Seria maravilhoso e vantajoso para nós, mas estamos em fase de estudos”, disse Miranda.
Fonte: Padrão