Custos com a fabricação de cimento Portland foram otimizados com o uso de minério de baixo teore menor custo de movimentação
A mina de Placa estava paralisada há 30 anos até ser reativada em 2013, uma iniciativa fundamental para a produtividade dessa unidade industrial no ano vigente. O processo estruturado foi acompanhado pela alta administração da empresa devido a sua importância, pois era vital para se atingir ocash costdo calcário.
Antes de se retomar a lavra dessa mina, o minério que abastecia a fábrica era proveniente da unidade de Ponte Alta, situada a 19 km de Santa Helena. O custo de transporte era elevado e a granulometria incompatível para moagem, sendo necessário o retrabalho de britagem.
O trabalho desenvolvido teve como foco reduzir o custo de movimentação decorrente da distância da mina de Ponte Alta até a unidade de Santa Helena e, por consequência, outros três pontos merecem registro: produção de calcário aproveitando-se minério de baixo teor; compensação do custo da lavra subterrânea pelo uso do minério de Placa; e a movimentação otimizada e formação de blend dentro da própria mina, dispensando a necessidade de depósitos para conseguir manter a qualidade exigida para o processo subsequente.
Mina Placa antes da Reativação
Em relação à produção de calcário aproveitando-se minério de baixo teor, na unidade existe um depósito com aproximadamente 3 milhões t nessa especificação, e foi com esse volume que se iniciou seu uso na fabricação de farinha no processo de produção de cimento. No ano de 2013 foram utilizados 244.626 t desse minério e como o custo de lavra já havia sido absorvido ao longo dos 30 anos anteriores, ele entrou no processo com custo zero, contabilizando-se somente o valor de movimentação, resultando numa economia de R$1.548.483,00.
Na etapa da movimentação, houve uma economia de R$ 948.545 com o blend realizado dentro da mina, evitando a deposição de material para posterior utilização, pois, da maneira como era realizada, o minério proveniente da mina era estocado para depois seguir para a britagem primária.
Devido à complexidade na operação da mina subterrânea, foi priorizada a utilização do minério da mina de Placa em substituição ao de Baltar. Com a estratégia da empresa, a diferença no custo foi de R$ 921.819, para o mesmo volume de minério extraído, sem considerar a britagem para ficar na mesma base de cálculo.
Mina Placa após da Reativação
Levando em consideração os resultados, é possível afirmar que o trabalho foi bem sucedido e a empresa gerou economia de R$ 8,2 milhões no ano de 2013 – isso considerando somente no que consta ao segundo semestre, quando de fato a mina de Placa retomou a produção. Esses valores já estão validados pela controladoria da Votorantim Cimentos, e foi descontado desse montante o capex para a remoção do estéril, no valor de R$ 2,3milhões.
Outro ponto importante foi que a mina terá vida útil de 10 anos após a liberação da licença de supressão do lado sul, considerando-se o mesmo volume de produção anual.
Conheça os autores do projeto
Juliano Kuster –Engenheiro de Minas, graduado na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e pós-graduado em Gestão Ambiental pela Pitágoras, em Belo Horizonte (MG), atualmente é gerente de Mineração na unidade Santa Helena.
Michel Fiuza de Almeida –Técnico em Mineração, formado na Escola Técnica Dr. Demétrio Azevedo Jr., em Itapeva (SP), atualmente é chefe de Mineração da Mina da Placa e Vila Olímpia, na unidade de Santa Helena.
Adriano Arcanjo de Melo –Técnico em Mineração é formado na Escola Técnica Dr. Demétrio Azevedo Jr, em Itapeva (SP), atualmente é chefe de Mineração da Lavra Subterrânea de Baltar, na unidade de Santa Helena.
Amadeu Dotti– Geólogo, graduado pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente é geólogo da Lavra Subterrânea e Céu aberto das unidades de Salto e Santa Helena.
Antonio de Paula Veiga –Técnico em Mineração, formado na Escola Técnica Dr. Demétrio Azevedo Jr. em Itapeva (SP) e graduado em Gestão Ambiental na Universidade de Sorocaba (UNISO), atualmente é assessor Técnico em Mineração da unidade de Santa Helena.
Roberto Tadanobu Nakamura –Geólogo, graduado na Universidade de São Paulo (USP), atualmente é consultor de Mineração da Votorantim Cimentos das unidades de Salto de Pirapora e Santa Helena.
Sérgio Fernando de Brito– Engenheiro Civil, graduado na Faculdade Nove de Julho (UNINOVE), atualmente é engenheiro de Planejamento de Lavra das unidades de Salto de Pirapora e Santa Helena.
Noel Ferreira Leme –Engenheiro Civil, graduado na Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), atualmente é topógrafo de Lavra Subterrânea e Céu Aberto da unidade de Santa Helena.
Luiz Renato da Silva– Técnico em Mineração, formado na Escola Vital Brasil, em Belo Horizonte e graduado em Administração de Empresas na Faculdade Anhanguera (MS), atualmente é chefe de Britagem da unidade de Santa Helena.
Carlos Alberto Ayres Magalhaes –Engenheiro Químico, graduado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), atualmente é
; gerente da unidade de Santa He
lena.
Eduardo Fregnani –Tecnólogo em Processos Industriais – Eletro Mecânica, graduado na Universidade do Sul de Santa Catarina, atualmente é chefe de Manutenção da Oficina de Máquinas e Veículos da unidade de Santa Helena.
Maria Fernanda –Graduanda em Engenharia Ambiental, na Universidade de Sorocaba UNISO, atualmente Controler da Mineração da unidade de Santa Helena.
Leia o projeto na íntegraaqui!
Últimos Comentários