Com o crescimento da economia chinesa no 2º trimestre, gerando uma taxa anualizada de 16,5%, comparada ao trimestre anterior, os analistas indicam sucesso do pacote de estímulo lançado pelo governo. No ano encerrado em junho passado, os investimentos fixos saltaram 35%, as vendas de carros subiram 48%, as de casas atingiram mais de 80% de expansão, levando a uma valorização dos imóveis em algumas cidades grandes, revertendo a queda de preços em 2008. Os financiamentos bancários cresceram quatro vezes mais em junho, com relação ao ano anterior.
Segundo analistas, a razão dessa retomada rápida é decorrente da economia chinesa que estava reprimida desde 2007, quando o governo cortou o crédito para construção imobiliária e o comprador final. Isso levou a uma redução expressiva do crescimento da economia. Com a crise global, o governo liberou o credito e a atividade econômica voltou a se expandir. O receio pela alta da inflação parece infundada, já que os preços ao consumidor caíram 1,7% nos doze meses completados em junho.
O ritmo de expansão do financiamento bancário é insustentável, embora o governo não queira esfriar a retomada ora iniciada. A compra de casas é considerada crucial para alimentar o consumo, porque o novo proprietário também compra móveis e eletrodomésticos. Além disso, a área de construção emprega tanta gente quanto os setores exportadores. Em outubro passado, o governo reduziu o valor do sinal à vista da primeira casa de 30% para 20% — o aumento de 12% na construção de novos imóveis no ano encerrado em junho, o primeiro do período, parece comprovar o acerto do incentivo.
Os bancos chineses ainda estão longe de alcançar os bancos americanos, que estavam financiando 100% do valor do imóvel.