Ocorrências com mãos, dedos, pés e pernas são predominantes nos acidentes de trabalho

Uma das principais prioridades das empresas de mineração do Brasil, garantir a integridade física de todos os colaboradores é imprescindível para prevenir e reduzir o número de acidentes e incidentes relacionados ao trabalho.

Há uma gama de medidas adotadas para tanto: investimentos em treinamentos técnicos e comportamentais, capacitação dos profissionais e melhoria contínua das competências em segurança, políticas e programas de melhoria das condições de trabalho, campanhas de segurança e ações educativas e de conscientização regulares em todos os níveis funcionais, consultoria de empresas especializadas no assunto, auditorias internas de atitude e comportamento, análises de risco e inspeções de segurança, diálogo diário com corpo funcional e utilização de equipamentos de proteção pessoal e/ou coletiva.

ARevista Minérios & Mineralesprocurou diversas mineradoras para saber como têm lidado com o assunto de segurança e saúde do trabalho. Dentre as oito empresas que responderam a reportagem, duas delas divulgaram as estimativas de investimentos na área para 2014: a Yamana, que pretende investir por volta de R$ 30 milhões, e a Kinross, prevendo R$ 10.851.726,06. Outras duas revelaram os custos com segurança no ano de 2013: a MRN investiu cerca de R$ 7,3 milhões, e a Sama, R$ 1.544.551,73.

Como um processo do amadurecimento das políticas de segurança e saúde dos trabalhadores, a grande maioria das mineradoras ouvidas já conta também com um sistema exclusivo de gestão corporativa para área, composta normalmente por uma equipe de engenheiros, médicos e técnicos de segurança do trabalho. Muitas dessas gerências congregam saúde e segurança com meio ambiente e relações com a comunidade.

Humberto Kraemer, supervisor Corporativo de Saúde e Segurança do Trabalho da Holcim

A Holcim, por exemplo, conta com um sistema de gestão de saúde e segurança próprio com 19 elementos de gestão e com outras 13 diretrizes de gestão de segurança específicas e relacionadas diretamente com acidentes fatais do passado, denominadas Elementos de Prevenção de Fatalidades (FPE, Fatality Prevention Element) – trabalho em altura (FPE 01); isolamento e bloqueio de energias (FPE 02); segurança de veículos e tráfego (FPE 03); segurança elétrica (FPE 04); proteção de máquinas (FPE 05); espaços confinados (FPE 06); trabalho a quente (FPE 07); escavações (FPE 08); elevação e sustentação de cargas (FPE 09); trabalhos próximos à água (FPE 10); segurança ferroviária (FPE 11); segurança de pilhas e taludes (FPE 12); e segurança com materiais em altas temperaturas (FPE 13) – além da Diretriz de Segurança de Contratadas; Diretriz de AFRs (materiais alternativos preparados e consumidos nos fornos de cimento, geralmente resíduos sólidos com algum poder calorífico ou resíduos de líquidos combustíveis).

EPIs

As empresas são unânimes em apontar que existe cada vez menos resistência ao uso de EPIs. Capacetes, máscaras para pó, óculos de segurança, protetor auricular, calçado de segurança, luvas de vaqueta e impermeáveis, camisa com faixa reflexiva, máscara, respiradores, protetor auricular, todos estes são itens obrigatórios nas atividades das mineradoras. A Kinross cita entre seus principais fornecedores as marcas Safetline, Marluvas, Danne, Promat, MSA e 3M. As duas últimas foram lembradas pela Sama. A Holcim resolveu padronizar e unificar as compras de seus EPIs para toda a América Latina.

Em geral, os colaboradores já entenderam a importância de se usá-los corretamente. Mesmo assim, um dos problemas que permanecem diz respeito ao uso incorreto dos EPIs, sendo portanto essencial educar os trabalhadores.

Uso correto de EPIs já faz parte da cultura dos funcionários da mineração

Para Monica Novais, gerente geral de Saúde e Segurança da Lafarge, ainda há, infelizmente, uma cultura de dependência e os trabalhadores precisam de supervisão para garantirmos o cumprimento das regras de segurança. “Investimos tempo e recursos em conscientização, para que o colaborador entenda a importância do comportamento seguro e tome para si o tema, contribuindo para a análise e a prevenção de risco, pois é ele quem vai executar a tarefa. Dessa forma, ele se sente responsável pelo cuidado com sua saúde e segurança”, diz a porta-voz, salientando que a mineradora tem também procurado por EPIs mais confortáveis e apropriados para a atividade.

Novais destaca que a conscientização feita diariamente é intensificada durante o “Mês da Saúde e Segurança da Lafarge”, realizado anualmente durante todo um mês em todas em 62 países onde a empresa está presente, no qual há palestras, debates, gincanas e apresentações, para estimular a reflexão sobre o tema e o compartilhamento de aprendizado e boas práticas tanto dentro da empresa como no dia a dia da vida do profissional.

Visando a reforçar a postura proativa e o compromisso de sua equipe, a Kinross desenvolve uma série de políticas e programas de melhoria das condições de trabalho, qualidade de vida e capacitação de empregados e utiliza-se de ferramentas para manter sob controle os riscos existentes e evitar danos à integridade física e à saúde de empregados próprios, terceirizados, aos bens patrimoniais e à comunidade. “Neste sentido, destacam-se as certificações nacionais e internacionais, como a OSHAS 18001 e SA 8000”, diz Juliana Esper, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Kinross. Segundo ela, o maior desafio colocado “é preparar as empresas contratadas, que ficam por um curto período de tempo, para entenderem nossa cultura, procedimentos e práticas de segurança.”

Humberto Antonio Ballester Kraemer, supervisor corporativo de Saúde e Segurança do Trabalho da Holcim, conta que a mineradora lida com a mesma dificuldade de capacitar os terceiros às regras e princípios da empresa, principalmente, a mão-de-obra temporária. “Acidentes rodoviários com transporte de produto e insumos, que na maioria das vezes
é realizado por terceiros
. Neste ponto, encontramos muitas dificuldades de gerenciar a segurança desses terceiros, tanto pelas características peculiares da cultura nacional, quanto pelas condições das estradas e estrutura logística do país”, diz.

No entanto, seja em atividades de contratados ou de temporários, as mineradoras são unânimes em apontar que as ocorrências mais comuns envolvem membros superiores (especialmente corte e prensagem de mãos e dedos) e inferiores (pés e pernas).

Além do histórico predominantes de casos com as mãos, a Jundu tem identificado a ocorrência de acidentes de trajeto envolvendo motociclistas. “Em face disso, estamos programando ações de conscientização com os colaboradores que se utilizam desse meio de transporte”, afirma Ricardo José Franzin, gerente de EHS (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) da mineradora. Ele revela que a Jundu está há mais de dois anos sem acidentes com Afastamento (TF1) e há mais de um ano sem acidentes sem afastamento.

Na AngloGold Ashanti, a taxa de frequência de acidentes com lesão com perda de tempo em 2013 foi de 0,79, (calculado em base de 1 milhão), em um total de 12.702.338 homens horas trabalhadas, um resultado positivo fruto da consolidação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) implantado na empresa em 1999.

Luciano Rodrigues, gerente do Departamento de Segurança no Trabalho da MRN

Já a Yamana Gold fechou o ano de 2013 com uma taxa de 0,29 por 200 mil horas homens trabalhadas em acidentes com afastamento, e 0,89 para acidentes sem afastamento. «É um desafio constante, visto que algumas regiões lidamos com uma questão cultural, de analfabetismo funcional e até banalização da morte, então a todo momento trabalhamos o comportamento dos colaboradores para reverter essa cultura”, diz Ana Lúcia Martins, vice-presidente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Comunidades da mineradora.

As taxas de frequência nos últimos três anos na MRN ficaram abaixo de 2,0. “Atualmente temos uma cultura de segurança bastante forte, com uma gestão de segurança no sangue de todos. Por isso alcançamos ano a ano números ainda melhores, até chegarmos em 2013 no nosso melhor resultado obtido em 35 anos de atividades, com taxa de frequência igual a 1,51”, afirma Luciano José Rodrigues, gerente do departamento de segurança da empresa.

A primeira política de segurança da MRN foi posta em prática em 1986, evoluindo ano a ano. Em 2012, ocorreu a implantação do Plano Diretor de Segurança e Saúde Ocupacional, com a participação direta da alta administração, consolidando e reforçando as diretrizes e os meios gerenciais e operacionais para aprimorizar o processo de gestão. “Além de termos uma estrutura robusta com profissionais próprios e contratados habilitados na área de segurança do trabalho, e contar também com as melhores ferramentas disponíveis no mercado, nós podemos também contar com o comprometimento de toda linha de comando e empregados da MRN e empresas parceiras, estes os principais agentes para alcançar o Acidente Zero”, almeja Clóvis Bastos de Oliveira, Gerente de Gestão, Segurança, Meio Ambiente e Relações Comunitárias da MRN, cuja meta de zero acidentes é debatida nos Comitês e o Manual de Prevenção de Fatalidades, criados em 2012. Desde 2003, a MRN detém a certificação na OHSAS 18001, abrangendo todas as áreas da empresa e todas as contratadas inseridas em nossos processos.

Melhorias

Para continuar evoluindo no aumento da segurança, as mineradoras têm oferecido os mesmos treinamentos para contratados e terceiros, de maneira intensiva e periódica, em todos os padrões e as normas de segurança.

“Além de termos todas as informações de SSMA anexadas aos contratados, a Kinross Brasil adota reuniões mensais da CIPAMIN e Comitês com gestores das contratadas e equipe técnica de SSMA, de forma a integrar membros, equipes técnicas e gestores da Kinross e contratadas. Toda empresa contratada, antes de iniciar suas atividades na área da Kinross, passa por uma integração com duração mínima de 36 horas”, explica Juliana Esper, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da empresa.

Na Lafarge, os mais experientes acompanham os recém-contratados por um mês. “Os contratados são treinados em todos os nossos padrões e normas de segurança. Além disso, assim como os empregados, os contratados são acompanhados por um profissional experiente nos primeiros 30 dias para garantir que estejam aptos a exercer a atividade de forma segura”, diz Monica Novais, gerente geral de Saúde e Segurança da mineradora;

A Holcim possui um processo de integração nas minas que atende aos requisitos da legislação vigente NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, diz o supervisor corporativo de Saúde e Segurança do Trabalho, Humberto Antonio Ballester Kraemer. “Além disso, os contratados são integrados nas políticas, sistemas e diretrizes globais da companhia. E os mesmos treinamentos que são dados aos funcionários também são dados aos terceiros. Não existe na Holcim nenhuma terceirizada que não tenha que cumprir com todas as nossas regras de saúde e segurança do trabalho.”

Na Yamada Gold, uma das ferramentas para a prevenção de acidentes é a PEACE (Pensar, Estudar, Analisar, Corrigir e Executar). “Nossos colaboradores são incentivados a identificar situações de risco e evitar acidentes, podendo até se recusar a realizar uma tarefa se ela for considerada perigosa”, conta Ana Lúcia Martins, a vice-presidente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Comunidades.

A MRN trabalha atualmente com o Programa de Gestão da Fadiga, implantado em 2009, com foco na eliminação de riscos ocasionados pela perda do estado de alerta e da capacidade de se executar determinadas tarefas, em decorrência de pouca quantidade ou má qualidade de sono. Podem fazer parte do projeto todos os empregados da mineradora, inclusive das empresas contratadas.

Os empregados das empresas contratadas pela AngloGold Ashanti recebem não somente o mesmo treinamento dos funcionários fixos, como também participam conjuntamente de campanhas de prevenção e de reuniões periódicas de segurança. Há até mesmo uma área específica, a Gestão de Contratadas, que gerencia todas as empresas terceirizadas no tocante à segurança do trabalho e promove constante fiscalização e auditorias internas.

A AngloGold Ashanti destaca o estímulo de ati
vidades f&iacute
;sicas entre os funcionários. “Damos prioridade às pessoas que precisam mudar seus hábitos por uma questão de saúde e segurança”, diz Tiago Afonso de Oliveira, analista administrativo responsável pelo programa Mais Viver, projeto lançado em 2012 com foco nas necessidades prioritárias de saúde, de acordo com diagnósticos realizados pelos médicos do trabalho.

Na Unidade de Negócio Serra Grande, em Crixás, o Mais Viver atua na disseminação de informações essenciais para a saúde das pessoas que trabalham na empresa, seus familiares e pessoas da comunidade. Na programação de 2013, houve palestras, eventos e intervenções, além da distribuição de 1.100 fichários especiais que eram complementados mensalmente com textos sobre qualidade de vida, obesidade, tabagismo, saúde financeira, atividade física e saúde bucal, entre outros.

Clóvis Bastos, gerente de Gestão, Segurança, Meio Ambiente e Relações Comunitárias da MRN

Outra empresa que incentiva práticas físicas, antes e depois do expediente, é a Sama, onde a jornada tem início com uma ginástica laboral para todas as áreas.” Depois do horário de trabalho os colaboradores e seus dependentes tem a oportunidade de ter acesso a diversas atividades físicas como tênis, academia exclusiva para os colaboradores, clubes, quadras poliesportivas, além de inúmeras modalidades esportivas realizadas em parceria com o Sesi”, diz Moacyr de Melo, gerente de recursos humanos da empresa.

A Sama trabalha atualmente com consultoria para o levantamento ergonômico e ambiental e revela ter as certificações ISO 9001 de gestão da qualidade (1996), ISO 14001 de gestão ambiental (1998), OHSAS 18001 (2010) gestão da segurança e saúde ocupacional e Programa Setorial da Qualidade (2008) – Crisotila: Uso Seguro do Crisotila.

Na Jundu, o caráter das consultorias é também mais técnico. “Para atividades das quais não somos especialistas recorremos a profissionais do mercado (consultores especialistas), como por exemplo para análise e emissão de laudos de Ergonomia, para alguns monitoramentos como Vibração, CO/CO2, Testes hidrostáticos, entre outros. Nossa equipe interna tem capacitação para realizar uma gama grande de atividades, como dosimetria de ruído, exposição a particulado, iluminância, elaboração de PGR”, esclarece o Gerente de EHS Ricardo José Franzin.

As consultorias na MRN abrangem medições ambientais, avaliação de caldeiras e vasos de pressão, trabalho em altura e espaço confinado, além de consultorias para treinamento e capacitação em segurança para todos os empregados da mineradora e empresas parceiras. A gerente-geral de SSO da Lafarge conta que as consultorias são contratadas para apoiar a empresa em projetos específicos comportamentais ou de desenvolvimento de pessoas. A Yamana Gold também utiliza consultoria para dar suporte em treinamentos específicos.

Acompanhar a evolução e investir na modernização de equipamentos é também fundamental para a saúde e segurança dos trabalhadores e a obtenção de bons resultados. Assim, a Sama tem como meta atingir a renovação de sua frota em 100%. Segundo Moacyr de Melo, gerente de recursos humanos que atende pelas questões de saúde e segurança da empresa, mais de 80% da frota foi renovada e atende a legislação vigente. “Na planta de beneficiamento já foram adequados os equipamentos de acordo com a legislação vigente (NR-35 Trabalho em Altura, NR-33 Segurança em Espaços Confinados, NR-10 Segurança em Serviços com eletricidade, a NR-12 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos esta em implantação conforme plano de ação).”

O gerente de EHS (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) da Jundu, Ricardo José Franzin, revela que a prioridade há alguns anos é a aquisição de equipamentos móveis que minimizam risco, como equipamentos menos ruidosos, com cabinas fechadas, sistemas de despoeiramento (perfuratrizes), sistemas de refrigeração, bancos com redução de vibração, entre outros. “Nas plantas industriais há muito por se fazer para reduzir o ruído, em via de regra os motores elétricos (ventiladores) são muitos ruidosos. Temos tentado, na medida do possível, enclausurar os equipamentos, mas isso nem sempre é viável, é preciso melhorar a emissão sonora desses ventiladores”, conta.

Os caminhões de pequeno porte da MRN contam com células de sobrevivência, enquanto que nos veículos leves foram instaladas as Roll Over Protection Structure (ROPS), estruturas destinadas a proteger os operadores e condutores de ferimentos ocasionados por capotamentos, entre outros acidentes nas vias. “A frota da MRN é um exemplo e serve de benchmark para outras empresas do ramo. Atualmente 100% dos nossos veículos são adaptados, de forma que o condutor tenha o máximo de segurança possível”, gaba-se Luciano José Rodrigues, Gerente do Departamento de Segurança no Trabalho da mineradora, que ainda conta com airbag e ar-condicionado instalados em 100% da frota, proporcionando segurança e conforto aos motoristas e operadores.

Ana Lúcia Martins, vice-presidente de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Comunidades da Yamana Gold, cita melhorias em equipamentos para trabalhos subterrâneos com cabines mais resistentes, cabines climatizadas, sistema contra incêndio. “Talvez os equipamentos de decodificação robotizados possam melhorar. Creio que as novas tecnologias automatizadas, operadas por controle remoto, possam tirar cada vez mais o home da frente da lavra”, finaliza.

Seguro e confortável

Acompanhando a evolução de produção dos calçados de segurança, a Fortline Calçados tem desenvolvido produtos atenta não apenas com a segurança, como também com o conforto de seus usuários.

Prova disto foi o desenvolvimento do calçado com o novo solado Plus, que almeja conquistar os usuários como o melhor existente no mercado atualmente. Ele também é dotado de características como Rooling Safety (uma barra central com amplo poder antiderrapante), Shock Off (um sistema inteligente que absorve e distribui a energia durante o caminhar), Rampas Aderentes (que proporciona maior atrito e desempenho de aderência com o solo) e Sistema Queda (uma função que impossibilita o enroscamento à calça gerando maior segurança ao caminhar).

Além dessas características, o conforto do modelo é garantido através da matéria p
rima empregada,
uma vez que é utilizado somente com PU, ou seja, não se utiliza produtos reaproveitados do mesmo. Este calçado tem alcançado durabilidade e conforto a diversas áreas de trabalho, em especial na mineração, onde o solo irregular demanda alto desempenho deste produto.

Por fim, os calçados da Fortline são confeccionados em vaqueta de primeira qualidade, assim o produto tem maior durabilidade contra agentes químicos orgânicos e inorgânicos. Esse reconhecimento veio através da homologação em uma das maiores mineradoras do mundo.