Com investimentos em tecnologia de ponta, pesquisas e processos, os produtores de granito do País buscam ampliar mercados e conquistar mais espaço no cenário mundial, que atualmente tem Estados Unidos, Índia e China como os principais players. O Brasil já é o terceiro maior exportador de granito do mundo, sendo o estado do Espírito Santo responsável pela metade da produção de rochas ornamentais e por mais de 70% das exportações.

De acordo com a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas (Centrorochas), Olívia Tirelo, os empresários brasileiros têm se empenhado em aumentar os investimentos em tecnologia avançada, cujas máquinas e insumos são importados em grande parte da Itália. O País é o principal comprador de tecnologia italiana, de onde vêm os teares multifios diamantados.

Na mesma linha, o geólogo Chiodi Filho observa que o setor de rochas é ponto fora da curva no cenário econômico do País, ampliando suas exportações e a participação de produtos industrializados, com maior valor agregado. “Nos tornamos o principal centro mundial de lavra e beneficiamento de rochas duras, como a maior parte das exóticas. Temos a melhor tecnologia de lavra de maciços rochosos”, compara o geólogo.

O conjunto de negócios e atividades atrelados ao setor de rochas ornamentais movimenta, apenas no Brasil, mais de US$ 5 bilhões/ano, dos quais US$ 1,3 bilhão corresponde ao faturamento com exportações. A capacidade instalada anual gira em torno de 93 milhões m2 equivalentes de chapas serradas em teares. No ano de 2014 foram produzidos cerca de 80 milhões m2 dessas chapas, dos quais 58,5 milhões de m2 foram destinados ao atendimento do mercado interno e 21,5 milhões m2 ao mercado externo.

O consumo interno aparente de rochas ornamentais e de revestimento, quando incluídos os materiais de processamento simples e os materiais importados, somou 75,5 milhões m2 equivalentes. Esse consumo brasileiro evoluiu de 66,1 milhões m2, em 2010, para os atuais 75,7 milhões. No mesmo período, as exportações de chapas evoluíram de 14,4 milhões m2 para os referidos 21,5 milhões, dos quais 85% devidos aos EUA.

Fonte: Revista Minérios & Minerales