Com uma oferta de serviços de engenharia que contemplam todo o ciclo de vida de um projeto ou operação, a Pöyry conta com projetos em andamento em todas as principais mineradoras em operação no Brasil. E com perspectivas positivas, já que o país vive um novo ciclo de investimentos no setor – com projetos que somam mais de US$ 50 bilhões até 2027, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). 

Desde 2020, a Pöyry vem reforçando a equipe de mineração, a partir da reestruturação do escritório em Belo Horizonte e da abertura de escritório no Vale do Aço, em Ipatinga, além de Vitória (ES) e Itaguaí (RJ), para responder às demandas das empresas de mineração e de outros segmentos industriais das regiões. O portfólio de serviços contempla projetos e estudos (scoping, pré-viabilidade e viabilidade); engenharia conceitual, básica e detalhada; implantação de projetos em EPCM; frame agreements (projetos guarda-chuva) e de Capex Sustaining; digitalização, e serviços focados em meio ambiente e sustentabilidade.

Em evento realizado recentemente em Belo Horizonte, a Pöyry reuniu representantes do setor para debater desafios da mineração, especialmente diante do avanço da indústria 4.0. Flávio Maeda, head de digitalização da empresa para América Latina, destacou a inovação digital baseada em dados, salientando que a hiperconectividade já é uma realidade no setor. E que vem evoluindo de maneira muito rápida, em uma velocidade cada vez mais intensa, testando tecnologias de nova geração.

“A mineração está à frente de uma inovação, que é a questão das redes privadas de 5G. Até por conta da operação em locais remotos, o setor já vem implementando este tipo de conectividade privativa”, observou.

O X da questão, no entanto, é a capacidade de as empresas aproveitarem os dados. A União Europeia divulgou, recentemente, que de 2018 a 2025, o volume de dados deve mais do que quintuplicar, com potencial para gerar 270 bilhões de euros ao PIB europeia. Como se preparar?

“Com uma nova economia baseada em dados. Uma economia digital, cujo principal ativo são os dados. Antigamente era petróleo, territórios, energia… que continuam sendo importantes para as indústrias, mas o cenário está mudando e os dados estão tendo cada vez mais importância”, observou Maeda.

A indústria 4.0 e a hiperconectividade geram uma quantidade de dados muito grande: mas 80% não é utilizado. É um volume cada vez maior sendo gerado e que não é aproveitado no seu potencial completo.

“O que falamos para os nossos clientes é que, a partir de agora, não é mais possível pensar um projeto apenas vivendo em um mundo que fala da convergência do físico com o digital. Isso tudo tem que ser planejado antes de se fazer um projeto, uma mina, um empreendimento novo. O papel da engenharia hoje não é só ficar focado exclusivamente no lado físico, mas é preciso fazer o planejamento do digital”, salientou Maeda.

No caso da Pöyry, os projetos de engenharia oferecem esta disciplina de engenharia de dados. Para que, com informações mais completas, seja possível a tomada de decisões mais assertivas e rápidas.  “Além disso, otimizam performance e confiabilidade de ativos, porque a indústria de processos, em geral, é muito ‘capital intensivo’: tem muitos ativos, grandes investimentos imobilizados e qualquer ganho que se tenha na performance destes ativos, das máquinas no processo produtivo e nas operações da empresa você tem ganhos enormes. 

Com as tecnologias de inteligência artificial, análise avançada de dados e modelos preditivos, é possível acompanhar a ‘saúde’ dos ativos em tempo real, trabalhando com especialistas e com suporte podendo identificar ações e medidas que precisam ser tomadas. A ideia é a combinação de tecnologias para um propósito: ter ganho operacional traduzido em retorno financeiro para o cliente”, finalizou Flávio Maeda.

Projeto Araguaia 

Um dos projetos da Pöyry atualmente, no Brasil, é o contrato na modalidade EPCM (Engineering, Procurement, Construction Management) do projeto de ferroníquel da Araguaia Níquel Metais, subsidiária da Horizonte Minerals Plc., o maior do tipo em execução no país atualmente. 

Tiago Nunes, head de mineração da Pöyry, conversou com a Revista Minérios a respeito da atuação neste projeto, bem como os serviços “da mina ao porto” executados pela empresa e as mais de 200 consultorias desenvolvidas na área ambiental na última década, além das boas práticas ESG que vem norteando o trabalho na mineração.

“Os padrões nórdicos em sustentabilidade adotados pela Pöyry, combinados com fortes competências em tecnologia de processo e o profundo conhecimento local, vêm ajudando nossos clientes da área de mineração a alcançarem mais eficiência, com sustentabilidade”, destacou Tiago Nunes.

Confira a entrevista completa com Tiago Nunes – Head de Mineração da Pöyry.