O Piauí está sendo alvo de uma corrida por empresas de outros Estados que desejam operar no ramo de mineração no Estado. A procura maior é por ferro e fertilizantes. Para se ter uma idéia, todos os meses chegam à sede do Departamento Nacional de Pesquisas Minerais em Teresina(DNPM) uma média 120 pedidos de mineradoras interessadas em se habilitar para pesquisar o sub-solo piauiense. Com isso, o Piauí já ocupa o 4º lugar no ranking nacional em número de pedidos de pesquisas, o que é um recorde.
Apenas neste ano já deram entrada no órgão mais de 1.000 pedidos e, até o final de dezembro, a previsão é que sejam atingidos os 1.500 requerimentos de levantamento para pesquisa em todo o Estado. Algumas empresas chegam a entrar com 10 a 20 pedidos, cada uma, escolhendo diversas áreas em diferentes locais para pesquisar.
“Essa quantidade de pedidos de pesquisa em um mês é o que, há dois ou três anos atrás, era a média de um ano”, compara o chefe do órgão no Piauí, Carlos Eugênio Leal Barbosa. “O Estado está passando por um boom na área de pesquisas de minérios”, completa ele. O pedido só é feito depois do decreto de autorização de lavras.
Essa corrida aos minérios se deve, segundo Carlos Eugênio, a grande possibilidade da descoberta de petróleo, gás, minérios de ferro e fertilizantes em municípios piauienses. Os pedidos são analisados de acordo com o levantamento feito pelas empresas obedecendo a critérios, como a não interferência de áreas de preservação ambiental e que não tenham nenhum entrave de ordem legal.
“Não tendo nenhum impedimento, é expedido o alvará de pesquisa e dado um prazo de um a dois anos. Em seguida é feito um relatório de pesquisa que, se aprovado e viável economicamente, é dado a empresa requisitante o direito de operar a área”, explica o chefe do DNPM. No momento dezenas de empresas mineradoras, algumas conhecidas nacionalmente, estão em atividades nas diversas regiões do Estado, como a Vale que pesquisa níquel no Piauí.
Fonte: Padrão
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