A MRS Logística, concessionária da malha da antiga Rede Ferrroviária Federal, vai cortar até 5% do seu quadro de pessoal – entre 180 e 200 pessoas – em Minas Gerais , no Rio e em São Paulo. A Vale vai remanejar 220 trabalhadores da sua mina de Fábrica, em Congonhas, que desativará por três meses a unidade de concentração do minério de ferro em pelotas. As medidas nas duas empresas têm como justificativa a retração das vendas de minérios e produtos siderúrgicos no mercado mundial.
As demissões na MRS foram informadas pela empresa, que iniciou o corte nos três estados, ante uma redução de 40% dos seus serviços de transporte. O número total das demissões não está fechado, de acordo com a assessoria de comunicação da operadora. São 3.669 empregados ao todo. Em nota distribuída ontem, a MRS afirma ter tentado evitar as dispensas. “A melhora (das condições de mercado) não veio. Ao contrário, a crise se agravou”, afirma a nota.
Em Congonhas, o Sindicato dos Trabalhadores na Extração de Ferro e Metais Básicos (Metabase) foi comunicado, no sábado, das novas medidas na mina de Fábrica, a partir de fevereiro. Valério Vieira dos Santos, presidente da entidade, foi informado, por telefone, de que 220 empregados dos 350 que trabalham na pelotizadora serão deslocados para serviços de manutenção.
“Quando o trabalho for concluído, eles poderão entrar novamente em férias coletivas. É um cenário que começa a se complicar para os trabalhadores”, afirma o sindicalista. A assessoria de imprensa da Vale informou que não confirma medidas isoladas por mina. A empresa apenas garante que tem negociado medidas para evitar demissões que mantém 5 mil pessoas em férias coletivas, sendo 80% em Minas.
Fonte: Padrão
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