O Projeto Pé de Pincha, idealizado e executado pela Universidade Federal do Amazonas com apoio dos ribeirinhos das comunidades de Oriximiná e Terra Santa (PA), em parceria com a Mineração Rio do Norte (MRN), tem o objetivo de preservar espécies de plantas e quelônios da região.
Os trabalhos iniciam em setembro e outubro, com a coleta de ovos nas praias das comunidades ribeirinhas, quando as fêmeas de quelônios sobem para fazer a desova. O processo é acompanhado por agentes ambientais voluntários, que retiram os ovos dos ninhos naturais, os implantam em chocadeiras até janeiro, quando ocorre o nascimento dos quelônios.
Para Alice Maria Guerreiro, coordenadora do programa na comunidade do Barreto, a dedicação dos envolvidos se mede com os números ao longo dos tempos. “Há dez anos, no primeiro ano do projeto, foi possível soltar somente 1200 quelônios. Já em 2014, os voluntários irão soltar 8900 filhotes, previamente cuidados para uma melhor inserção na natureza”. “Temos a cautela de monitorar cada um dos indivíduos que serão soltos. O casco de cada quelônio é marcado, para avaliarmos quantos terão um crescimento saudável após a soltura no Lago Sapucuá, local em que são retirados os ovos”, acrescenta Alice.
Ela também ressalta alguns desafios. “Ainda falta trazer mais comunitários para perto. Existem muitos ribeirinhos que não se envolvem como precisamos. Nesse sentido, o apoio de empresas e instituições de ensino faz toda a diferença. Os alunos do colégio de Porto Trombetas, alguns membros da UFAM e os profissionais da MRN sempre acompanham os resultados e dão o suporte técnico e financeiro que precisamos”.
A parceria da MRN ocorre desde o início do projeto e vai além do trabalho de voluntariado. A empresa também faz a doação de ração para os filhotes e disponibiliza combustível para manutenção dos tanques e apoio da logística na coleta e soltura dos animais.
Fonte: Redação MM
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