A MMX Mineração e Metálicos, do empresário Eike Batista, acionou na semana passada o segundo alto-forno em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Com isso, a empresa pretende atingir sua capacidade máxima na produção de ferro-gusa, projetada em 32 mil toneladas/mês, o dobro das atuais 16 mil toneladas/mês, segundo o gerente de operações, Paulo Roberto de Azevedo. Neste mês, de acordo com Azevedo, o alto-forno produzirá 6 mil toneladas de ferro-gusa, e até março atingirá as 16 mil toneladas/mês. A produção deste ano está projetada para 375 mil toneladas, das quais 80% serão exportadas e os restantes 20% consumidos pelo mercado brasileiro. Desde agosto do ano passado, foram produzidas 60 mil toneladas de ferro-gusa o que não atendeu a demanda. Somente com os Estados Unidos foram fechados contratos no total de 100 mil toneladas. Devido a problemas logísticos, entre eles o baixo nível do Rio Paraguai que dá acesso ao Oceano Pacífico, foram entregues apenas 10 mil toneladas. A principal via de escoamento é a Hidrovia Paraguai-Paraná que leva o produto até o porto de San Nicolas, na Argentina, de onde prossegue viagem em navios Panamax. As embarcações de grande calado tiveram dificuldades de navegação durante 2007, notadamente no final do ano, quando também outras mineradoras de Corumbá suspenderam a produção e deram férias coletivas aos trabalhadores. Azevedo garantiu que neste semestre serão cumpridos os contratos com os EUA, além de outros fechados com países da Europa e Ásia, devido à ampliação na capacidade de produção. Ele explicou que está concluída a primeira fase da MMX em Corumbá, que é o limite da produção de lingotes, e que a companhia está providenciando as medidas necessárias para a produção de semi-acabados, ou seja, a produção de 500 mil toneladas/ano de aço laminado. A conclusão das obras dessa segunda fase deverá ocorrer até 2010, quando é esperado um aumento significativo na extração de ferro. A matéria-prima é retirada da Mina 63, que fica a 15 quilômetros da mineradora e de onde saem 2,7 milhões de toneladas/ano do minério. Até o término da segunda planta serão quase 5 milhões de toneladas/ano, de acordo com Azevedo.
Fonte: Padrão
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