Com um sistema integrado e um custo de produção baixo,Anglo American objetiva fazer do Minas-Rio um grande gerador de caixa
A Anglo American deu início ao seu mega empreendimento de minério de ferro, que levará o insumo, extraído na mina em Conceição do Mato Dentro (MG), para os principais mercados do mundo, após percorrer 529 km por meio de um mineroduto e chegar ao Porto do Açu, no Rio de Janeiro. No quarto trimestre, conforme programado, a companhia realizou três embarques do insumo, cada um de 80 mil t, e planeja para os próximos 18 meses alcançar a capacidade anual total do sistema, que é 26,5 milhoes t.
Apesar da desaceleração da demanda e uma maior oferta de minério de ferro no mercado mundial, que influenciaram a queda do preço da tonelada da commodity (sendo cotada em torno de US$ 80 por tonelada), a empresa acredita na eficiência do seu projeto no médio e longo prazos, tendo como diferenciais competitivos a integração do complexo e o baixo custo de produção (cerca de U$ 35 por tolenada).
Na lavra, que está localizada em um área com 5,83 bilhões de toneladas de recursos e reservas minerais, a empresa terá um custo de US$ 10, por tonelada produzida. Atualmente, segundo a empresa, o Minas-Rio tem 1,45 bilhão de toneladas de reservas certificadas, das quais 685 milhões de toneladas são comercializáveis.
“O Minas-Rio é um ativo de primeira linha, produz um pellet feed da mais alta qualidade. Além disso, o depósito possui uma formação geológica com facilidade de lavra”, afirma Paulo Castellari, presidente da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American.
Já no beneficiamento, que possui tecnologias modernas e já consolidadas pela indústria de mineração, o gasto por tonelada é de US$ 9. Mas o diferencial está no transporte do material via mineroduto, com um custo de apenas US$ 2. Na unidade de filtragem, localizada no Porto do Açu, o desembolso é de US$ 1 e no porto de US$ 5. Custos complementares totalizam US$ 6. No porto a empresa divide o controle com a Prumo Logística, com 50% de participação cada uma.
Atenta aos anseios da indústria siderúrgica, o Minas-Rio colocará no mercado dois tipos de minério de ferro, o high grade e premium, com teores de ferro de 67,5% e 68%, respectivamente.
Castellari afirmou ainda, que após finalizar a etapa de ramp-up, a empresa poderá elevar a produção anual para 30 milhões t, realizando uma otimização dos seus equipamentos. Em janeiro de 2015, estão previstos mais três embarques da commodity em navios capesize, embarcações com capacidade média de 175 mil toneladas. Para 2015, a estimativa de produção é de 11 a 14 milhões t de minério de ferro.
Segurança
Construído nos padrões mundiais de segurança da companhia, o sistema, que teve um custo total de US$ 8,8 bilhões, alcançou 161,2 milhões de horas trabalhadas ao longo dos seis anos para implantação do projeto.
“Todo o projeto foi executado e entregue de forma segura e responsável. Contamos com equipes técnicas com vasta experiência e suporte de uma grande rede internacional”, destacou Castellari.
Na parte ambiental, o executivo salientou que há a recirculação de 75% da água usada no sistema. O restante é captado do Rio do Peixe, que segundo ele em nenhum momento teve a sua vazão afetada.
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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