O Serviço Geológico do Brasil (SGB) realiza, no dia 27 de novembro, em Brasília, um novo leilão dos ativos minerários de Caulim do Rio Capim (PA), Ouro de Natividade (TO) e Diamante de Santo Inácio (BA). Os ativos serão leiloados no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), da Presidência da República. A iniciativa busca promover a ampliação do setor de mineração no Brasil, disponibilizando ativos minerários para exploração e pesquisa mineral eficiente, visando à geração de empregos, aumentando a renda e promovendo o crescimento econômico das comunidades locais.
Para participar do leilão, são elegíveis pessoas jurídicas, nacionais ou estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento. Essas organizações podem concorrer isoladamente ou em consórcio. O certame será realizado por meio de contrato de Promessa de Cessão de Direitos Minerários.
Sobre os ativos minerários que serão leiloados
Caulim do Rio Capim, Pará: O depósito, situado no município de Ipixuna do Pará, possui cerca de 800 milhões de toneladas de caulim com alto índice de alvura. Esse bem mineral é amplamente utilizado nas indústrias de cerâmica, papel, tintas, plásticos e farmacêuticas.
Diamantes em Santo Inácio, Bahia: A área contém cerca de 245 milhões de toneladas de cascalho diamantífero e representa uma oportunidade para atrair investimentos substanciais para a região, promovendo a geração de empregos e o aquecimento da economia local.
Projeto Ouro de Natividade, Tocantins: trata-se de um depósito que remonta aos achados dos bandeirantes, com potencial estimado em cerca de 725 mil toneladas de minério com teor médio de 1,02 g/t de ouro.
Integrante da carteira de ativos minerários pesquisados pelo SGB desde as décadas de 1970 e 1990, o Projeto Ouro de Natividade destaca-se pela versatilidade do ouro, que é amplamente usado em indústrias como as de componentes eletrônicos e joias.
Para mais informações sobre o leilão de ativos minerários do SGB no link: https://www.sgb.gov.br/leilao
Áreas arrematadas no leilão anterior
No leilão de ativos minerários ocorrido em junho deste ano, o projeto Agrominerais de Aveiro (gipsita e calcário) foi arrematado pela empresa Gesso Integral Ltda. A área está localizada no estado do Pará. O calcário e a gipsita podem ser aplicados para a correção do solo, sendo importantes para otimizar a produção agrícola.
Esse projeto corresponde a áreas com ocorrências de gipsita (no Rio Cupari) e calcário (em Aveiro) – substâncias utilizadas como importantes insumos para o setor agrícola. Os recursos totalizam cerca de 326 milhões de toneladas de gipsita e 588 milhões de toneladas de calcário. Os direitos minerários foram arrematados pela Gesso Integral Ltda.
Já o Projeto Fosfato de Miriri, localizado em Pernambuco e na Paraíba, foi arrematado pela empresa Elephant Mineração. O potencial para extração é de até 114 milhões de toneladas de minério fosfático e são previstos investimentos de cerca de R$ 2 milhões em pesquisas.
O fosfato desempenha um papel fundamental para a segurança alimentar, sendo uma substância essencial na produção de fertilizantes que impulsionam a agricultura em nível global. No Brasil, a mineração de fosfato tem ganhado crescente importância na economia, consolidando-se como um dos insumos mais estratégicos para a fabricação de fertilizantes. Esse recurso é decisivo para aumentar a produtividade agrícola, e sua exploração tem gerado alta lucratividade, beneficiando diretamente o setor agrícola e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.
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