Com a instalação de mantas sintéticas, unidade passou a captar e a utilizar o recurso nas áreas industriais e do porto
Criado em 2015 e mantido este ano, o projeto “Aproveitamento de água da chuva no processo”, da Imerys Rio Capim Caulim, foi um dos agraciados pelo 18° Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira da revista Minérios & Minerales. O trabalho, desenvolvido na planta de Vila do Conde, em Barcarena (Pará), tem como objetivo reduzir o consumo de água nova do subsolo, e assim diminuir consideravelmente a utilização do recurso natural.
As etapas do beneficiamento do caulim em Barcarena são feito em via úmida, e requer uma alta demanda de água adicionada inicialmente para dispersão e diluição da caulinita para viabilizar a separação do bem mineral (caulim) dos demais componentes, considerados como rejeito. As etapas do processo do beneficiamento necessitam de uma grande quantidade de água. Por este motivo, tais processos utilizam água de subsolo. Nesta região, no período de inverno, ha uma grande quantidade de chuva que fica armazenada nesta borda livre da bacia Em 2013 iniciou-se o projeto de reaproveitamento da água da chuva.
O trabalho começou no verão com a colocação de uma coberta com manta geosintética na bacia, para a água da chuva não ter contato com rejeitos sólidos. Após a instalação da manta, a empresa deu início a utilização da água da chuva no processo. Para isso, técnicos fixaram uma bomba sapo na bacia que passou a bombear a água da chuva para a ETA da unidade.
O sistema de aproveitamento da água da chuva passa primeiro por um processo de tratamento da água na ETA. Depois, a água é bombeada e distribuída nas áreas. Com a implantação deste sistema em 2015 a empresa teve uma grande redução na captação de água do sobsolo com o armazenamento de 157,400m³ de água da chuva.
A Bacia 3 é destinada aos efluentes gerados na área de filtragem do processo industrial de beneficiamento de caulim, onde são submetidos ao processo de clarificação e controle de pH. Desta forma, a Bacia 3 possui constantemente uma lâmina d’água.
A Bacia 5 (subdividida em Bacia 5A, Bacia 5 B e Bacia 5 C). A Bacia 5C recebe os rejeitos da separação magnética e centrifugação. Da Bacia 5C, há a transferência para Bacia 5B através de um sistema de bombas. Após sedimentação do rejeito, os efluentes oriundos das Bacias 5B e 5C são retornados para a planta industrial, formando, desta forma, um ciclo fechado.
A Bacia 5, conforme projeto, chegou ao final de sua vida útil para armazenamento de rejeitos, se encontra permanentemente desativada, e com uma borda livre de 1 m.
Em operação no estado desde 1996, a empresa adquiriu, em 2010, a Pará Pigmentos S.A. (PSSA) que pertencia à Vale. Com estrutura duplicada, a mineradora passou a ter a maior planta de beneficiamento de caulim do mundo e 71% de participação na produção de caulim no Brasil. Nas operações da Imerys Capim, o minério é extraído de duas minas em Ipixuna do Pará que fica às margens do Rio Capim. O caulim é transportado por minerodutos até Barcarena, onde é beneficiado e embarcado no porto privado. A maior parte do minério tem como destino o mercado internacional
Conheça os autores do projeto
Adelson Carvalho da Silva possui mais de 8 anos de experiência em gestão de meio ambiente e está há 9 anos trabalhando na Imerys na área ambiental e monitoramento de barragens. Carvalho é responsável por uma equipe de 22 pessoas entre Imerys e contratadas para controle operacional de área e legislação.
Jorge Reis de Almeida tem mais de 8 anos Imerys. Possui formação em Técnico em Meio Ambiente, desde 2009 e atualmente está concluindo curso de engenharia ambiental. Na empresa, atua como Técnico de bacias.
Leia na íntegra o trabalho “Aproveitamento de água da chuva no processo”.
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