Formação profissional é barreira para mineração nacional

Setor criará 150 mil novas vagas em 2015, mas País forma em média apenas 610 profissionais com nível superior ao ano

Apesar do crescimento contínuo da mineração brasileira e da retomada de investimentos a partir de 2009, logo após a crise mundial, o número de profissionais capacitados anualmente ainda não acompanha a necessidade das mineradoras no País.

Uma pesquisa feita essa semana pelo jornal Folha de São Paulo, com base em dados do Ibram, DNPM, Mdic, Inep e Rhio’s, ressaltou que até 2015 o setor deve abrir 150 mil postos de trabalho e só no ano que vem a Vale deverá preencher 6.600 novas vagas. No entanto, a formação de profissionais ainda está longe de ser suficiente para esse mercado, uma vez que são formados apenas cerca de 400 geólogos e 210 engenheiros de minas por ano.

A preocupação das mineradoras é grande em relação a essa realidade, visto que, para o crescimento da atividade no País e, consequentemente, manutenção e ampliação das exportações, é necessária mão de obra altamente qualificada. Além do número ínfimo de formandos, ainda há o problema de que esses não são exclusivos para mineração, e também acabam sendo disputados por outras áreas, como construção civil e infraestrutura, no caso dos geólogos.

Para resolver esse problema, as empresas constantemente buscam parcerias com instituições de ensino como o Senac, para a formação principalmente de técnicos. No entanto, essas medidas são paliativas e somente com investimento massivo em educação por parte do governo que esse quadro poderá ser revertido a médio e longo prazo.

Fonte: Padrão