“O primeiro aspecto que me fez despertar interesse na mineração foram os minerais, os quais tenho aos montes. Inicialmente me encantei pela beleza, cores e simetrias destes. Depois por saber que eles poderiam ser transformados em matéria prima e quão diverso e fascinante era todo este processo. Escolhi então, a engenharia de minas e me formei em 2014. Durante o curso passei por empresas de pequeno e grande porte nas áreas de planejamento, desenvolvimento de processos e produtos, consultoria mineral, ambiental e empreendedorismo.

Os colegas de classe e os professores foram em sua maioria homens. O mesmo padrão se repetia em eventos do setor, estágios e empresas que passei. Mais tarde escolhi fazer mestrado em geotecnia, onde até então não havia nenhuma professora.

Hoje, após 4 anos de formada e recém-concluído o mestrado, tenho desenvolvido pesquisas sobre reaproveitamento e contaminação de rejeitos de mineração de bens metálicos e atuado na área de meio ambiente como consultora, além de já ter lecionado em uma universidade nos cursos de engenheira de minas, geologia e engenharia civil.

Como profissional e cidadã, desejo e trabalho para que tenhamos cada vez mais a harmonia entre as atividades de mineração e meio ambiente. Que trabalhemos de forma consciente e sustentável, respeitando fauna, flora e as comunidades.

Como mulher na mineração, espero que o setor continue sendo cada vez mais ocupado pelas mulheres em todos os níveis de operação e que sejamos mais respeitadas.”

Thaís Guimarães tem 28 anos, é engenheira de minas pela Universidade Federal de Alfenas, mestra em geotecnia pela Universidade de Brasília e estudante de pós-graduação em engenharia de segurança do trabalho pela Universidade Federal de São João del-Rei.