Geólogos alemães da BGR vieram ao Brasil para dar continuidade ao relacionamento entre as duas instituições
A Residência de Porto Velho (Repo) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) recebeu visita de dois geólogos do Serviço Geológico Alemão (BGR, na sigla em alemão), entre os dias 1 e 4 de dezembro. A visita é continuidade do relacionamento entre as duas instituições, que vem se estreitando ao longo dos últimos meses.
O contato entre as equipes iniciou em março, quando os geólogos brasileiros Tiago Buch e Leandro Guimarães, da Repo, estiveram na BGR, em Berlim. Os pesquisadores foram convidados pela BGR para apresentarem o potencial mineral do Brasil, mais especificamente do Estado de Rondônia.
A visita foi marcada pela apresentação formal das duas instituições. O Chefe da Residência, geólogo Edgar Iza, representou a CPRM e apresentou a missão da empresa e os trabalhos em andamento, além de breve histórico sobre a REPO.
Pela BGR, os geólogos Herwig Marbler e Sven-Uwe Schulz apresentaram o foco de trabalho em estudo de jazidas e matérias-primas para o mercado alemão e também perspectivas para desenvolvimento de parceria com o Brasil.
Troca de conhecimento entre os países
Este ano, com a visita da presidente Angela Merkel ao Brasil, os dois países estreitaram relação. Foi reiterado o interesse de manter projetos em diversas áreas, incluindo trabalhos técnico-científicos relativos à cadeia produtiva dos Elementos Terras Raras, além de outros metais estratégicos utilizados na indústria de alta tecnologia alemã.
Com a proposta de acordo entre BGR e CPRM, é esperado que a pesquisa geológica desses e outros recursos minerais seja estimulada, dando ao Serviço Geológico do Brasil uma posição de destaque na produção de conhecimento sobre geologia de depósitos metálicos.
Rondônia é conhecida pelas reservas de cassiterita, mas além do quantitativo remanescente deste minério de estanho, também apresenta alto potencial para outros metais nobres. Nióbio, tântalo, Elementos Terras Raras e índio são alguns exemplos. Estes metais são aplicados em ligas metálicas especiais na indústria eletrônica de ponta, tais como equipamentos para geração de energia solar e eólica.
Nesta semana, os pesquisadores do BGR estarão no Rio de Janeiro para discussão da proposta de cooperação técnica. A proposição prevê intercâmbio de conhecimento e de pesquisadores entre os países, com foco no treinamento e troca de experiências na área das geociências.
Além disso, pressupõe a possibilidade de execução conjunta de projetos relativos à identificação dos sistemas minerais de interesse das duas entidades, com participação efetiva de pesquisadores do SGB e da BGR.
Fonte: Redação MM
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