“Quando mudei para Minas Gerais, aos 14 anos, fiquei surpresa com o mercado de empresas de mineração e siderurgia na região. Então, iniciei o curso técnico em eletrônica e descobri que essa era a área a qual queria desenvolver minha vida profissional. Entrei na CSN Mineração como estagiária, aos 17 anos. Fui escolhida para trabalhar na manutenção de caminhões de grande porte, onde 100% do efetivo era composto por homens. Apesar disso, meu interesse era aprender, desenvolver e buscar meu espaço na empresa. Sempre penso que a ambição das mulheres não pode ser menor do que a dos homens. Depois de uma saída para estudar Engenharia Elétrica, voltei à CSN, onde permaneço há 9 anos e não posso questionar as oportunidades que foram dadas a mim na carreira técnica, de engenharia e na gestão, o que comprova que a empresa preza pela igualdade de oportunidades. Hoje ocupo uma vaga de gestão como coordenadora de planejamento da frota de equipamentos móveis e minha equipe é predominantemente masculina. Tenho muita dificuldade em encontrar mulheres capacitadas para compor minha equipe. Não por falta de competência das mulheres, mas sim por elas não optarem por este setor devido a medos e inseguranças em seguir essas profissões onde há um público masculino maior, acreditando que sofrerão preconceitos ou terão menos oportunidades. Sei que não estou livre de sofrer preconceitos. Já me vi em situações onde fui apontada como menos competente ou menos eficiente do que os demais apenas pelo fato de eu ser mulher. Mas a orientação de meus gestores, a minha competência e a minha determinação me fazem seguir sempre provando a mim mesma que sou capaz de muito mais. Penso que temos que desmistificar os rótulos que nos são impostos e, principalmente, decidir se nós mulheres vamos nos deixar atingir por pensamentos que não nos descrevem.”
*Bárbara Andrea Akemi Lopes Arai tem 29 anos e ocupa o cargo de coordenadora de planejamento da CSN Mineração. É graduada em Engenharia Elétrica.
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