A Flottweg abordará o tema “Aplicação de Força Centrífuga no Tratamento de Rejeitos: Estudos de Caso” no 10º Workshop Redução de Custos na Mina e na Planta. O palestrante será o Gerente Nacional de Vendas e Desenvolvimento, Lincoln Neves Neto
Lincoln é Gerente Nacional de Vendas da FLOTTWEG DO BRASIL. Bacharel em química com especialização em economia, energia e finanças. Atuação na área comercia e técnica na implementação de tecnologia de separação mecânica por centrifugação de alto rendimento em todas as divisões de atuação da empresa relevantes aos mercados regionais. Experiência próxima de 20 anos com a tecnologia desde identificação de oportunidades, validação e operação em campo. Atuação ativa no segmento de mineração em suas mais diferentes aplicações relacionadas no Brasil e América do Sul.
Resumo da apresentação
A utilização de força centrífuga na separação de líquidos e sólidos é aplicada na indústria há muitas décadas nas mais variadas aplicações desde que basicamente exista diferença de densidade entre as fases sólida e líquida. Esta tecnologia foi desenvolvida há mais de 100 anos. Desde a Década de 50 a FLOTTWEG se dedica a fabricação deste tipo de equipamento.
Em um decanter centrífugo, a lama é continuamente alimentada através da tubulação de entrada indo para a câmera interna de distribuição do tambor rotativo do equipamento formando um anel de sólidos interno uma vez que toda a mistura estará sob atuação da força centrífuga originada da rotação e uma vez que os sólidos possuem densidade maior que a do líquido serão separados durante o processo.
Para remover os sólidos separados o helicoide que está em uma rotação dentro do tambor com uma velocidade diferencial controlada serão continuamente descarregados. O líquido clarificado seque para o outro lado para descarte por gravidade ou pressão.
O estágio atual permite o processamento contínuo de lamas com teores de sólidos variados e condições ajustáveis como rotação do tambor, velocidade diferencial entre o helicoide e o tambor, torque aplicado, vazão de entrada da lama, entre outros parâmetros de operação. Internamente, as condições construtivas dos equipamentos em termos de robustez e proteção contra produtos erosivos permitem a utilização em um segmento como a mineração que também possuem características específicas em relação ao design construtivo de helicoide transportador, secção de saída cônica de compressão, diâmetros, configurações para o fluxo de saída de sólidos, etc.
Ouro, zinco, platina, lítio, tântalo, ferro, nióbio, cobre, silicatos, carbonatos, são apenas alguns exemplos na qual a FLOTTWEG possui soluções integradas a outros sistemas ou como operações individuais.
Nos últimos anos, acompanhando-se uma nova geração de decanters, a forma de tratamento dos rejeitos gerados na mineração vem mudando irreversivelmente com aplicação de novos conceitos tecnológicos e novas demandas da sociedade.
Porém, a FLOTTWEG já há mais de 10 anos implementou o primeiro projeto de secagem de rejeitos em grande escala na Oceania em uma planta de níquel de desde então, mais recentemente vem implementando outros projetos com esta finalidade pois tradicionalmente os equipamentos eram mais aplicados dentro do processo e não em suas etapas finais de disposição dos finos remanescentes.
O conceitual do uso deste tipo de equipamento na mineração tem especial potencial nas frações mais finas do processo e que, geralmente, são aquelas mais trabalhosas no processo de separação e consequente recuperação da água e secagem/adensamento dos sólidos – demandas comuns quando falamos em tratamento de rejeitos.
A apresentação mostrará casos práticos de projetos implementados na região da América do Sul onde a FLOTTWEG do Brasil tem sua área de atuação focada.
Apresentaremos algumas referências com ênfase em dois casos de clientes que testaram e implementaram a solução para tratar os rejeitos em condições distintas de operação – pasta e seco.
Falaremos do sistema utilizado pela primeira mina de diamantes em fonte primária da América do Sul, localizada no interior da Bahia, permite dispor rejeitos finos em pilha e reciclar mais de 95% da água utilizada no processo de beneficiamento de minério. A mina implementou tecnologia de centrifugação no desaguamento dos rejeitos finos para disposição em pilha desde praticamente o início de suas operações em 2016, eliminando as tradicionais barragens de rejeito. O processo – que alia espessador e centrífuga –, transforma os rejeitos finos (lama) numa “areia”, possibilitando que a mesma seja transportada por caminhão e depositada com resíduos de rocha (rejeito mais grosso) em pilha próxima à cava da mina de forma ambientalmente segura.
Também iremos expor um segundo caso, de outros, de uma operação no Peru relacionado a rejeitos de uma mina de Ouro localizada acima de 4.000 metros acima do nível do mar. O processo jogava os rejeitos não concentrados em uma bacia de rejeitos onde os sólidos sedimentavam e água descia a montanha. A demanda por realizar uma concentração de sólidos prévia ao descarte para economia de área e recuperação de água foi proposto e alguns dos resultados deste trabalho implementado serão mostrados.”