A Anglo, quarta maior mineradora diversificada do mundo em valor de mercado, opera o projeto de 3 bilhões de dólares que envolve minas, unidade de beneficiamento e um mineroduto de 525 quilômetros (que segundo a empresa será o maior do mundo).
“Tomamos uma ação decisiva como resultado da rápida mudança no cenário econômico e que disparou uma reavaliação de nossos negócios e exigências de desenvolvimento”, disse a presidente-executiva da companhia, Cynthia Carroll.
A empresa adiou o cronograma de operação do projeto Minas-Rio em seis a 12 meses, para o final de 2011 ou início de 2012. Segundo informações do site da empresa no Brasil, o mineroduto e o porto que receberá o minério de ferro de Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas (MG) já receberam licenças de instalação e a área de mineração está em fase de licença prévia. A estimativa inicial do projeto, que tem capacidade de produção de 26,6 milhões de toneladas anuais na primeira fase, era que o primeiro embarque de finos de minério de ferro ocorresse no primeiro semestre de 2011.
A Anglo adere ao grupo de grandes mineradoras como a Rio Tinto que estão reduzindo gastos para sobreviverem à crise global que diminuirá lucro e fluxo de caixa. Em julho, quando a empresa divulgou resultados preliminares, a Anglo informou que tinha um fluxo de projetos avaliados em 45 bilhões de dólares, incluindo 15 bilhões de dólares em planos aprovados sob desenvolvimento.
Na unidade South African Anglo Platinum, o investimento vai cair para 900 milhões de dólares com o adiamento de projetos. Já na divisão de metais básicos, cujo principal é o cobre, o investimento será de 1,3 bilhão de dólares e o projeto de expansão de Los Bronces será adiado em oito meses, com a primeira produção esperada agora para o final de 2011.
O preço do cobre, metal mais importante para a Anglo American, despencou 65 por cento desde que bateu recorde em julho.
Fonte: Padrão
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