Oito britadores da Kleemann participam de projeto inovador da maior planta móvel do mundo

O Brasil tem diversos setores de atividades econômicas que apresentam dificuldades para se chegar a resultados mais expressivos. Esses gargalos variam desde investimentos e participação mais ativa do Governo nas suas diversas áreas de competência, até a falta da mão de obra qualificada. Mas há também os casos de resistência ao “novo mundo” e as tendências que o mercado apresenta. Esse é o caso da mineração brasileira, que possui, muitas vezes, não só equipamentos tecnologicamente limitados, mas também a mentalidade tradicional em relação ao conceito de britagem.

Quem está apostando na quebra dos paradigmas no setor vem se dando bem. É o caso da Mineração Tamoio – Indústria e Comércio de Agregados, que não só montou a maior planta de britagem móvel do mundo, localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, como também decidiu ir na contracorrente das empresas congêneres. Operando nas instalações da Tamoio estão oito conjuntos de britagem e peneiramento móvel da linha Kleemann, empresa que pertence ao Grupo Wirtgen (Wirtgen, Vögele, Hamm, Kleemann e Ciber) e possui a Ciber Equipamentos Rodoviários como subsidiária no Brasil. Os resultados conquistados por esse projeto inédito no País mostram recordes de produção, chegando ao nível pouco comum de 900t/h.

O quadro de máquinas da Kleemann é formado por dois equipamentos do modelo MCO 13 (britador cônico), dois MCO13S (cônico com peneira secundária de três decks) e duas MS23D (peneira móvel de trêsdeckssobre esteiras). Já na britagem primária, a planta conta com o MC140Z (britador de mandíbulas sobre esteiras com sistema integrado de pré-peneiramento e rompedor hidráulico acoplado ao silo de alimentação) e o MC120Z (britador de mandíbulas sobre esteiras com sistema integrado de pré-peneiramento).

“Temos uma velocidade de produção excepcional, além de mobilidade para fazer toda e qualquer alteração que se mostrar necessária para nós. Não tenho dúvidas que as plantas móveis, aliadas ao comprometimento de todos envolvidos no Projeto Tamoio, contribuíram muito para os resultados que obtivemos”, analisa Orlando Lopes Ribeiro Neto, vice-presidente da Mineração Tamoio.

A escolha da configuração dos equipamentos nasceu da visita e análise das abordagens adotadas em outras mineradoras na América do Norte, Ásia e Europa, além da própria qualidade dos equipamentos eknow-howda Kleemann. E não apenas isso: “temos uma integração muito grande, com reuniões diárias para falar sobre o projeto. Há também assistência com profissionais 24 horas por dia, que dispõem de oficina móvel para eventuais problemas e estoque de peças”, diz Ribeiro.

Comparativo

A capacidade produtiva é o ponto alto na comparação entre o desempenho de ambos os tipos de plantas. Em uma análise de produtividade, o modelo de britagem móvel é capaz de alcançar os mesmos níveis de processamento em planta fixa, tanto que o Projeto Tamoio chega para derrubar esse paradigma.

Outro diferencial está no custo operacional. As plantas móveis da Kleemann operam através de fonte de energia externa, com o conceito de acionamento Dual-Power, e funcionam tanto com rede elétrica quanto diesel, o que dá maior versatilidade aos clientes. “O princípio de desenvolvimento dos projetos da Kleemann é fazer com que a máquina se adeque ao cliente, e não ao contrário, tanto que o slogan é‘Close to our customers’ – perto dos nossos clientes – devido a essa preocupação em atender as suas necessidades”, comenta Jorge Sales, consultor Regional de Vendas da Wirtgen Brasil.

Ainda falando sobre custos, uma das grandes dores de cabeça de quem adquire britadores são os desgastes prematuros das peças de reposição. As unidades móveis da Kleemann são projetadas para prevenir tal fenômeno. Isso é possível, entre outros fatores, devido ao pré-peneiramento de escalpe, que resulta em menor reposição de peças e, consequentemente, do custo operacional, otimizando ainda o fluxo contínuo de material e, por fim, gerando produtos finais de altíssima qualidade.

A calha vibratória após o sistema de britagem também se mostra como aspecto positivo, pois reduz os riscos operacionais e o desgaste das correias transportadoras, melhorando o fluxo contínuo de material.

No que se refere aostart-upoperacional a partir do momento da escolha do britador, aqui está outro ponto favorável para os modelos móveis. Os modelos fixos levam em média, entre montagem e instalação, cerca de 90 dias para inicio de operação, diferente dos conjuntos móveis que são sistemas prontos para operação.

“Resistência” às plantas móveis

Um dos grandes questionamentos de quem considera as plantas fixas como melhores em detrimento às móveis é quanto à durabilidade e manutenção. Os britadores Kleemann também quebram esse “mito”, devido a sua robustez, resultante do tipo do aço e quantidade utilizada nas máquinas, o que garante estabilidade e redução de impacto nos componentes internos, além de melhorar o consumo de combustível e diminuir os riscos de danos ao chassi. Todos esses fatores aumentam a vida útil do sistema, o que reflete no menor custo operacional da planta. “Infelizmente ainda existe uma linha de pensamento muito conservadora no setor de mineração quanto à capacidade das plantas m&o
acute;veis, mas toda a tecnologia aplicada nesses equipamentos é latente e ganha cada vez mais espaço. Tanto que já temos acordos com outros projetos de grande importância dentro do País. É uma tendência irreversível do mercado”, afirma Jorge Sales, da Wirtgen Brasil.