A Bovespa recebeu a MPX, 63ª empresa a lançar ações neste ano

A empresa de energia do grupo EBX, do empresário Eike Batista, captou R$ 2,203 bilhões por meio de uma oferta pública primária, com a emissão de 2,189 milhões de ações ON, incluindo o lote suplementar, ao preço de R$ 1.006,63 cada.

A oferta foi destinada apenas a investidores qualificados. Segundo o balanço do terceiro trimestre, divulgado ontem, a MPX registrou prejuízo líquido de R$ 3,243 milhões, resultado 656% maior que o prejuízo apurado em igual intervalo de 2006. A MPX iniciou suas atividades no setor elétrico a partir do desenvolvimento de uma termelétrica a gás natural de 220 MW no Ceará, a TermoCeará, em 2001, época do apagão. A empresa investiu US$ 150 milhões na térmica, em parceria com a americana MDU Resources Group. A termelétrica não chegou a ser acionada, pois o cenário de racionamento se reverteu nos anos seguintes e o preço da energia caiu, tornando o funcionamento da usina inviável. Além disso, a Petrobras não dispunha de gás suficiente para fornecer à térmica. Após diversas brigas com a Petrobras, que deveria arcar com os custos de manutenção da unidade, mesmo sem uso, Eike Batista acabou vendendo a TermoCeará – também apelidada de TermoLuma, em referência à ex-mulher do empresário – para a própria estatal em junho de 2005, por US$ 137 milhões. Entre os projetos recentes da MPX está a termelétrica MPX, em Pecém (CE) e a TermoMaranhão, ambas movidas a carvão, que venderam quase toda sua capacidade de geração no leilão de energia nova realizado em outubro, para fornecimento durante 15 anos, a partir de 2012. Ao todo, a MPX tem nove projetos de geração, com potencial de 9.647 MW.
Fonte: Padrão