O primeiro Fundo de Investimento em Participações (FIP) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) focado em mineração será gerido pelo consórcio formado pela Ore Investments e a JGP BB Asset. O fundo tem estimativa de mobilizar até R$ 1 bilhão, recursos que poderão ser investidos em até 20 empresas júnior e de médio porte que atuem em pesquisa mineral, desenvolvimento e implantação de novas minas de minerais estratégicos no Brasil.


A notícia foi anunciada pelo BNDES e a Vale nesta quarta-feira, 2. O consórcio foi selecionado em 1º lugar na chamada pública para gerir o fundo. Em segundo ficou a ACE Capital Grou e, em terceiro, o consórcio formado pela Tivio Capital e RCF. Com a finalização desta etapa, a proposta vencedora participará de rodada final de avaliação das condições contratuais, regulamento do fundo e de diligências legais.

O anúncio teve a participação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, dos diretores Alexandre Abreu (Financeiro e de Mercado de Capitais) e José Luis Gordon (Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior) do Banco e do presidente da Vale, Gustavo Pimenta.


O edital, anunciado em maio de 2024, prevê que a BNDESPAR e a Vale irão subscrever cotas no valor mínimo de R$ 100 milhões e máximo de R$ 250 milhões cada, observado o percentual máximo de participação individual de 25% no capital comprometido total do Fundo. O investimento será submetido à aprovação das alçadas competentes dos investidores âncoras, com aportes a serem realizados conforme as necessidades do Fundo.

“A criação do Fundo de Minerais Estratégicos dá continuidade ao apoio do BNDES ao setor de mineração. Nos últimos dez anos foram investidos R$ 8,3 bilhões em financiamentos para cerca de 1.800 empresas. A exploração sustentável dos minerais críticos será fundamental para colocar o Brasil na liderança global da transição energética”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.


“A Vale é uma grande produtora de minerais para a transição energética e tem orgulho de integrar uma iniciativa que vai potencializar os investimentos em metais críticos e promover o crescimento das cadeias produtivas nacionais. O grande interesse pela gestão do fundo evidencia a robustez do mercado de exploração e produção de minerais estratégicos no Brasil”, afirmou o presidente da Vale, Gustavo Pimenta.

FIP Minerais Estratégicos


O Fundo irá priorizar os minerais para transição energética e descarbonização, sendo eles, cobalto, cobre, estanho, grafita, lítio, manganês, minério de terras raras, minérios do grupo da platina, molibdênio, nióbio, níquel, silício, tântalo, titânio, tungstênio, urânio, vanádio e zinco. Fosfato, potássio e remineralizadores, minerais fundamentais para a fertilidade do solo, também estão no rol de elementos abrangidos pelo Fundo.