Um acordo que envolve a compra de 47 áreas no Estado do Maranhão foi anunciado pela G Mining Ventures (GMIN) nesta semana. A empresa canadense comprou os direitos de mineração de ouro que eram do BHP Group, incluindo o Projeto CentroGold, que fica na região conhecida como Cinturão Gurupi e possui 1.900 km², sendo mais de 80 km de formação mineralizada, incluindo os prospectos a céu aberto Blanket, Contact e Chega Tudo. Estes, por sua vez, hospedam atualmente 2,3 milhões de onças de recursos estimados de ouro compatíveis com o padrão JORC e permanecem abertos para expansão.
No acordo de compra e venda, anunciado na segunda-feira, dia 09, como contrapartida da aquisição, a GMIN concederá à BHP um royalty NSR de 1,0% sobre o primeiro milhão de onças de ouro produzidas nas propriedades e um royalty NSR de 1,5% sobre a produção de ouro subsequente.
Em julho de 2019, a Oz Minerals, que foi posteriormente adquirida pela BHP em 2023, divulgou um estudo de pré-viabilidade sobre os depósitos de Blanket e Contact. O estudo de pré-viabilidade previa uma vida útil da mina de 10 anos com uma média produção média anual de ouro de 100.000 a 120.000 onças, podendo chegar a 190.000 a 210.000 onças de ouro por ano, nos dois primeiros anos de produção.
A GMIN informou que considera o projeto como um ativo de exploração em fase avançada, com trabalhos que incluem mais de 135.000 m de sondagens. Segundo a companhia, o tamanho, escopo e cronograma de desenvolvimento do projeto serão redesenhados para atender aos planos de crescimento a longo prazo da GMIN. Segundo ainda a canadense, o objetivo é seguir o modelo geológico existente da CentroGold e redesenhar o projeto a partir dos princípios para melhor adequá-lo aos novos requisitos de licenciamento e o ambiente econômico atuais.
Logo após o fechamento da transação, a GMIN disse que planeja atualizar o recurso de ouro em conformidade com o JORC para cumprir o Instrumento Nacional 43-101 – Normas de Divulgação para Projetos Minerais (“NI 43-101”). Para a companhia, as atuais prioridades empresariais são o aumento da capacidade da Mina de Ouro de Tocantinzinho, também da mesma companhia no Brasil, e o avanço do Projeto de Ouro Oko West, na Guiana, em direção a uma decisão de construção em na 2ª metade de 2025.
Louis-Pierre Gignac, presidente e diretor Executivo da GMIN, comentou a nova aquisição. “Estamos entusiasmados por adquirir outro projeto prospectivo e começar a crescer como empresa de múltiplos ativos que sempre imaginamos nos tornar. A CentroGold possui uma base de recursos atrativa num pacote de áreas que abrange cerca de 1.900 KM², com um significativo potencial de exploração, localizado numa faixa geológica comprovada”.