Patrícia Fonseca é graduada em engenharia mecânica com mestrado em engenharia de produção e especialista Master black belt na metodologia LSS.

Atua no ramo industrial a 25 anos, sendo 17 no ramo de mineração. Foi  a primeira mulher a se certificar como Master Black Belt no Brasil e essa graduação permitiu seu ingresso na mineração tendo como escopo de trabalho implementação de programas de melhoria contínua e orientações de projetos voltados para a evolução de processos em atividades que vão do planejamento e lavra, passando pelo beneficiamento de minérios e a fundição de ligas.

Atualmente trabalha na Mineração CMOC, sendo responsável pelo banco de projetos de melhoria na fabricação de fosfatos e nióbio.

“Tenho como característica pessoal uma insaciável busca por conhecimento e uma curiosidade que me impulsiona ao novo, desde criança me interesso em saber como as coisas funcionam, essa característica me levou à origem de tudo: o mundo da mineração. O que seria de nós sem a indústria da mineração? O que seria de nós sem as mulheres? O que seria de nós sem Mulheres na Mineração?

Nos últimos 17 anos trabalho neste ramo, em grandes e pequenas empresas, atuei na Rima, Votorantim, Lamil, Samarco, Anglo American e atualmente estou na CMOC.

Em um ambiente predominantemente masculino devo destacar que esse cenário vem mudando exponencialmente e em todo esse tempo sempre fui muito respeitada e ouvida. Creio que esta é uma grande conquista que deve ser comemorada e compartilhada com nossos companheiros de trabalho e de vida.

Se o ambiente de mineração vem acolhendo e permitindo cada vez mais conquistas femininas é porque o ser humano vem evoluindo: as mulheres com sua dedicação e capacidade de exercer vários papéis ao mesmo tempo, os homens  porque nos ajudaram a criar condições de expor nossas idéias (sim , existem homens que criam este ambiente).

Agradeço a todas as mulheres que me motivaram a ir além dos rótulos e limitações impostos. Agradeço a todos os homens –  sejam os amigos do trabalho, sejam meus familiares e principalmente ao meu esposo por entender nossa rotina árdua. Na grande maioria do tempo estamos dedicadas ao trabalho, longe de casa. Na grande maioria do tempo não somos tão princesas como apareço na foto e sim uma profissional apaixonada pelo que faz, com meu uniforme, meu capacete e meu sapato mais confortável: minha botina de segurança.

Amo essa minha segunda pele e amo a escolha que fiz: ser uma Mulher na Mineração.”